Moro achava delação de Palocci sobre Lula ‘difícil de provar’
Ex-juiz revelou depoimento seis dias antes das eleições do ano passado
Em novas conversas publicadas pela Folha, em parceria com o site The Intercept, mostram que o ex-juiz Sergio Moro divulgou parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci seis dias antes do primeiro turno da eleição presidencial de 2018 por causa de ‘considerações políticas’.
Os diálogos revelam que Moro tinha dúvidas sobre as provas apresentadas por Palocci, mas achava sua colaboração relevante por representar uma quebra dos vínculos que uniam os petistas desde o início das investigações.
HACKER DIZ QUE MANUELA D’ÁVILA FEZ A PONTE COM GLENN GREENWALD
- Sintomas comuns de câncer de fígado que podem ser confundidos com indigestão ou outras condições mais simples
- Estes são os motivos pelos quais você deve parar de roer a unha
- Tirar cidadania italiana vai ficar mais cara em 2025; entenda
- Atividade física pode acrescentar até 5 anos à sua vida
“Russo comentou que embora seja difícil provar ele é o único que quebrou a omerta petista”, disse o procurador Paulo Roberto Galvão a seus colegas num grupo de mensagens do Telegram em 25 de setembro.
Russo era o apelido que eles usavam para designar Moro e associavam os petistas à Omertà, o código de honra dos mafiosos italianos.
A procuradora Laura Tessler, segundo a reportagem publicada nesta segunda-feira, 29, , considerava que era difícil provar a delação de Palocci: “Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, afirmou.
As conversas teriam acontecido por meio do aplicativo Telegram. Nelas fica exposto uma conduta inapropriada de Moro, intervindo na condução das investigações, mas como juiz, ele não poderia ter tido tais atitudes.