Morte da pequena Ágatha é recebida com silêncio por Bolsonaro e Witzel
Três dias após o assassinato da menina Ágatha Vitória Sales Félix, 8 anos, morta na noite de sexta-feira, 20, por um tiro nas costas enquanto retornava para casa de Kombi com a mãe, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, a PM ainda não se manifestou sobre o que ocorreu no local.
Segundo a versão da PM, dada na sexta-feira, os policiais teriam sido atacados e revidaram. Os moradores, no entanto, afirmam que não havia tiroteio e acusam um policial de ter desferido o tiro.
Nem o governador do Wilson Witzel e o presidente Jair Bolsonaro se pronunciaram sobre o caso.
- BBB 23: Key Alves vai testemunhar no inquérito da morte de Leandro Lo?
- Mulher tenta defender idosa e é agredida por bolsonarista em SP
- Veja como foi o debate do 2º turno entre Lula e Bolsonaro na Globo
- Filho de Roberto Jefferson faz birra para Bolsonaro após papai ser preso
A Polícia Militar não esclareceu, ainda, se criminosos dispararam algum tiro que possa ter atingido alguma viatura. Tampouco informou quantas viaturas e quantos soldados estiveram envolvidos na operação.
Ágatha estava no 3º ano do ensino fundamental em um colégio particular de Ramos e era tida como excelente aluna. Estudava também dança, perto de casa. Um vídeo com o desespero do avô circulou forte, ontem, nas redes sociais.
“Foi a filha de um trabalhador, tá? Minha neta fala inglês, tem aula de balé, tem aula de tudo. Ela é estudiosa. O polícia atirou em quem? Foi em traficante? Foi na filha dele? Não! Foi na minha neta. Agora tá aí, perdi minha neta. Não era pra perder, nem eu nem ninguém.” pic.twitter.com/txewse4I0f
— Quebrando o Tabu (@QuebrandoOTabu) September 22, 2019
De acordo com o Globo, os PMs que estavam na ação que resultou na morte da pequena Ágatha serão ouvidos na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital nesta segunda-feira, 23, às 11h.
A pequena Ágatha é a nona criança morta em ação da PM desde que Witzel assumiu o governo com uma política de incentivar confronto policial.