Motorista da Uber é acusado de arrastar gay após abraço em marido

A Uber norte-americana informou que está investigando o caso

02/12/2018 17:06

A Uber norte-americana informou que está investigando o caso
A Uber norte-americana informou que está investigando o caso - Reprodução/Fotomontagem

Um caso revoltante de homofobia praticado por um motorista do aplicativo Uber levou a empresa a se posicionar, após um condutor do App ser acusado de arrastar um homem gay pela rua porque o mesmo abraçou seu marido dentro do veículo.

Na ocasião, Taray Carey e seu companheiro, Alex Majkowski, ambos de Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos, foram chamados de “faggots” termo que, traduzido para o português seria a mesma coisa que “viado”, com conotação pejorativa.

Após o insulto, Carey questionou “qual o problema?”, no que o motorista disse que, se aquela cena tivesse acontecido em seu país de origem, os dois estariam “mortos”.

Com medo de que o pior pudesse acontecer, o casal aproveitou o momento em que o carro parou no sinal vermelho, e tentou descer do veículo. No entanto, não demorou muito e o semáforo ficou verde, fato que fez com que o motorista acelerasse o automóvel, arrastando Carey pela rua.

Passageiro teve escoriações pelo corpo após ser supostamente arrastado pelo motorista
Passageiro teve escoriações pelo corpo após ser supostamente arrastado pelo motorista - Arquivo Pessoal

Ao site da revista gay “Attitude”, o homem mostrou escoriações que teve em algumas partes do corpo e declarou que o motorista “pisou no acelerador e me arrastou meio quarteirão pela East 4th Street”.

Pouco tempo depois de andar arrastando o passageiro, o condutor parou o veículo, e os dois homens desceram.

A polícia foi chamada. Após a polêmica, a Uber informou que reembolsou o casal em $ 17,16 e disse que está investigando o caso.

Saiba como denunciar homofobia

Embora não seja considerada crime, a homofobia é hoje uma das práticas de ódio mais comum no dia a dia. A ojeriza motivada pela orientação sexual de outrem deixa marcas que, quando não fatais, psicológicas.

No Brasil, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Em 2017, a entidade computou 445 homicídios desse tipo, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior.

No link abaixo, saiba o que fazer em caso em caso de homofobia e como identificar quando você está sendo vítima de um ataque homofóbico.