Motorista que matou Marina Kohler estava bêbado, diz SSP
Mulher que acompanhava o motorista José Maria da Costa Junior no dia do crime também foi indiciada
O motorista José Maria da Costa Junior, de 33 anos, que atropelou e matou cicloativista Marina Kohler Harkot, 28 anos, no dia estava embriagado no momento do acidente.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), indícios documentais e testemunhais apontaram que José Costa estava sob influência de álcool.
Com isto, ele irá responder por homicídio culposo qualificado, ao invés de somente homicídio culposo.
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Uma mulher que estava no veículo com José Costa no dia do crime também foi ouvida e indiciada por omissão de socorro. O caso segue em investigação pelo 14º DP (Pinheiros).
Em depoimento na última quarta-feira, 18, ela confirmou que José Costa estava ao volante do veículo no momento do crime.
Quem era Marina Harkot
A morte de Marina Harkot causou comoção e revolta, além de pedidos por justiça e melhores políticas de mobilidade urbana.
A jovem era pesquisadora do LabCidade da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) e faleceu após ser atropelada enquanto andava de bicicleta pela Avenida Paulo VI, no Sumaré, Zona Oeste de São Paulo. O motorista não prestou socorro e fugiu.
Formada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, Marina era mestra e doutoranda pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da instituição (FAU-USP) e era pesquisadora colaboradora do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade).
Cicloativista, ela tinha a bicicleta como seu principal meio de locomoção na cidade. Em 2018, concluiu o mestrado pela FAU-USP com a dissertação “A bicicleta e as mulheres: mobilidade ativa, gênero e desigualdades socioterritoriais em São Paulo”. Em suas pesquisas, Marina Kohler tratava sobre a relação entre planejamento urbano, mobilidade urbana e gênero.
Ela também foi coordenadora da Associação de Ciclistas Urbanos de SP (Ciclocidade), ministrou aulas na Escola da Cidade e foi consultora de projetos no Banco Mundial, além de ter feito parte do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte de São Paulo.