MPF quer aumentar para R$ 300 mil multa a Bolsonaro por racismo
Inicialmente, o presidenciável foi condenado a pagar R$ 60 mil
O Ministério Público Federal (MPF) manifestou, em parecer encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 2º Região (TRF2), o desejo de aumentar para R$ 300 mil a multa imposta ao pré-candidato à presidência da república e deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) pelo crime de racismo.
Inicialmente, o parlamentar foi condenado pela Justiça Federal no Rio de Janeiro a pagar uma multa de R$ 60 mil pela mesma denúncia.
Bolsonaro é alvo de uma queixa por declarações ofensivas às comunidades quilombolas e à população negra durante uma palestra no Clube Hebraica, no Rio, em abril do ano passado.
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Na ocasião, o político, que aparece como um dos favoritos a vencer o pleito pela presidência em outubro de acordo com as pesquisas de intenção de votos, disse que “afrodescendentes” quilombolas “não fazem nada e nem para procriador (sic) eles servem mais” e que as reservas indígenas e quilombolas atrapalham a economia do país.
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No parecer enviado ao TRF2, o MPF alega que a “multa depende da gravidade do fato e capacidade econômica do réu, pois a legislação afirma que o cálculo deve obedecer aos critérios da solidariedade e exemplaridade”.
O MPF citou ainda ofensas a minorias como indígenas e migrantes, bem como às mulheres e à população LGBT.
Em sua defesa, Bolsonaro alegou que as declarações por ele feitas estão resguardadas pela imunidade parlamentar.
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