A Mulher da Casa Abandonada: como estão os personagens desta história?

Podcast do jornalista Chico Felitti virou um sucesso nas plataformas de streaming, e agora todos querem saber detalhes dos personagens dessa história

A história de Mari, moradora de uma mansão decadente em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, viralizou com o podcast do jornalista Chico Felitti. A reportagem “A Mulher da Casa Abandonada” revelou que ela, considerada “bruxa” ou “louquinha do bairro”, era, na verdade, uma fugitiva da polícia norte-americana.

A Mulher da Casa Abandonada: Veja novas fotos do interior da mansão

Podcast “A Mulher da Casa Abandonada” virou sucesso nas plataformas de streaming
Créditos: Reprodução/Instagram @amulherdacasaabandonada
Podcast “A Mulher da Casa Abandonada” virou sucesso nas plataformas de streaming

Ela e o marido, Renê, cometeram o crime de manter uma funcionária em condições análogas à escravidão entre a década de 1970 e o início dos anos 2000, em Maryland, nos Estados Unidos.

Ao ser redescoberta, 20 anos depois de fugir, muitos se perguntam como estão os envolvidos no caso. Acompanhe e descubra o que aconteceu com eles:

Margarida Bonetti (Mari)

Margarida Bonetti, a protagonista insólita dessa reportagem, esconde o rosto por baixo de uma espessa camada de pomada branca e ainda está em uma lista de procurados do FBI pelo crime de manter a empregada como escrava nos EUA.

Filha de um médico renomado e membro de uma das famílias mais tradicionais de São Paulo, Margarida Bonetti, chamada de Mari, conseguiu fugir para o Brasil, que não expatria cidadãos brasileiros para julgamento em outros países, e, por isso, nunca foi julgada.

Quando chegou na mansão de Higienópolis, ela ainda conviveu com a mãe até 2011, quando morreu. Foi a partir daí que a casa começou a deteriorar sem a manutenção devida.

Com o sucesso do podcast, ela abandonou a casa em data incerta e não foi mais vista.

Mulher que vivia em “casa abandonada” era, na verdade, uma fugitiva da polícia norte-americana
Créditos: Reprodução/Instagram @amulherdacasaabandonada
Mulher que vivia em “casa abandonada” era, na verdade, uma fugitiva da polícia norte-americana

Como estão os envolvidos na história da "Mulher da Casa Abandonada"?

A reportagem em formato de podcast que chocou o Brasil continua tendo seus desdobramentos e muita gente ainda tem dúvida sobre o passado de Margarida Bonetti. Quem é essa mulher? Por que estão falando dela? O que ela fez?Margarida Bonetti, ou só Mari, ficou nacionalmente conhecida nos últimos dias e algumas características dessa mulher marcaram: o rosto pintado de branco foi uma delas.Foragida das autoridades estadonidenses, ela submeteu sua ex-empregada desde 1970 até o início dos anos 2000, a condição de trabalho análogo a escravidão, na sua antiga residência em em Maryland, nos Estados Unidos. Filha de um médico renomado, quando o caso estorou nos Estados Unidos, a escravocrata retornou ao Brasil, onde ficou durante todos esses anos na tal da “Casa Abandonada”, localizada no Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. Para mais informações sobre Margarina e os outros envolvidos nessa história, acesse: https://bityli.com/FgNwsw

Posted by Catraca Livre on Friday, July 8, 2022

Renê Bonetti

O engenheiro eletrônico Renê Bonetti não conseguiu escapar dos Estados Unidos, deixado à própria sorte por Mari assim que a notícia se espalhou.

Ele foi julgado e condenado a 6 anos e meio de prisão, além de multa de US $100 mil e outros US $110 mil para compensar os salários da vítima.

Após cumprir pena, continuou nos EUA. Hoje, Renê é diretor na Northrop Grumman Corporation, uma multinacional norte-americana que atua no ramo aeroespacial e de defesa. Fundada em 1994, a empresa presta serviço à Nasa e é a quinta maior do mundo no setor de defesa.

A empregada escravizada

Quando Margarida e Renê se casaram, eles “ganharam” de presente uma empregada doméstica. Antes, ela trabalhava para os pais de Mari.

A mulher, que não teve a identidade revelada, foi levada pelo casal aos Estados Unidos no final da década de 1970, quando eles se mudaram para o país.

Sem receber pelos serviços, trabalhando das 6h às 22h e sem direito a folga e férias, a empregada ainda era vítima de violência verbal, psicológica e física.

Em um episódio, Mari jogou uma panela de sopa quente no rosto da mulher, que teve fraturas nos ossos. Mesmo ferida, a empregada não pode ir ao hospital e ficou sem qualquer atendimento médico.

Quem descobriu o caso e fez a denúncia às autoridades foi uma vizinha, Vicky Schneider. Ela ajudou a empregada a fugir durante uma viagem de férias dos Bonetti e a escondeu por dois anos em uma igreja enquanto o FBI investigava o crime.

Apesar de ter o paradeiro preservado, segundo Vicky revelou ao jornalista Chico Felitti, ela vive bem e legalmente nos EUA.