Mulher é confundida com trans e mantida em cela masculina

A advogada dominicana passou 10 horas detida com homens até o engano ser descoberto

Mulher ficou em cela coletiva com 40 presos
Créditos: reprodução/Daily Mail
Mulher ficou em cela coletiva com 40 presos

Uma mulher de 55 anos está processando a polícia da Flórida depois de ter sido presa em uma cela só de homens. A advogada Fior Pichardo de Veloz, que vive na República Dominicana, relata ter sido identificada erroneamente como trans (pessoa que se identifica com o gênero oposto àquele designado a ela no nascimento) e ter ficado 10 horas na detenção com outros 40 presos, que a assediaram. O caso aconteceu em 2013.

Fior, que tinha ido aos Estados Unidos para ver o nascimento de seu neto, foi detida no aeroporto de Miami porque policiais encontraram em seu sistema de informática um mandado de prisão de mais de 20 anos atrás, relacionado a tráfico de drogas, mas que já havia sido retirado.

Inicialmente, ela foi presa como mulher,  mas após ser examinada, uma enfermeira do Condado de Miami informou  que ela tinha “características masculinas não tradicionais”. Além disso, ela levava na bolsa uma grande quantidade de hormônios femininos que tomava por recomendação médica por conta da menopausa. A presença dos hormônios fez a equipe acreditar ainda mais que se tratava de uma pessoa trans.

Segundo informações do LGBTQNation, o médico que examinou a mulher  não pediu para que ela tirasse a roupa ou fizesse algum exame físico. Ele também não perguntou a ela “se ela era uma mulher ou homem (cisgênero ou transgênero)”.

Vale esclarecer que mesmo que a mulher fosse transgênero, ela deveria ter sido encaminhada para uma cela feminina e não masculina, em respeito à identidade de gênero.

Somente depois que sua família soube que ela estava em uma cela masculina  e ter insistido que havia ocorrido um erro, Fior foi examinada mais uma vez para determinar seu sexo. Após a confirmação de que que se tratava de uma pessoa do sexo feminino,  ela foi encaminhada para uma instituição feminina e libertada dois dias depois.

“Ninguém abusou de mim fisicamente, mas psicologicamente sim”, disse Fior a um canal de TV.