‘Não criei o Dia das Mães para ter lucro’, afirmou a mulher que criou a data

“Não criei o Dia das Mães para ter lucro”, disse Anna Jarvis, criadora da campanha para instituir a data comemorativa, a um jornal norte-americano no ano de 1923. A declaração foi feita 10 anos depois da primeira celebração oficial no estado de Virgínia: dia 26 de abril de 1910.

Em 1905, a norte-americana perdeu a sua mãe e foi diagnosticada com um quadro depressivo. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória de sua mãe com uma grande festa, que acabou sendo a inspiração para Anna iniciar a campanha e instituir o Dia das Mães como um feriado nacional. O objetivo era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante três anos seguidos, a mulher lutou por sua causa. Em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, unificou a celebração em todos os estados norte-americanos, estabelecendo que o Dia das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio.

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna. A popularidade do feriado fez com que a celebração se tornasse um dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para aqueles que vendiam cravos brancos, a flor que simboliza a maternidade. Ela pediu à justiça que a celebração fosse removida, mas sem sucesso faleceu infeliz no dia 24 de novembro de 1948, com 84 anos.

No Brasil, o primeiro Dia das Mães foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918.