“Não esperem que faça política em velório”, dispara João Doria após polêmica no Twitter

"A hora não é de dividir, não é de politizar, de fazer ideologias, de partidarizar, muito menos odiar", rebateu João Doria após polêmica envolvendo Lula

Após polêmica motivada pela troca de elogios entre João Doria (PSDB) e o ex-presidente Lula (PT), o governador de São Paulo avaliou que o momento não permite alimentar conflitos ideológicos e que não vai “fazer política em velórios” durante a pandemia de coronavírus.

A fala ocorreu durante abertura da coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta quinta-feira, 2, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

O prefeito Bruno Covas, o governador João Doria e o secretário da Saúde, José Henrique Germann, durante coletiva – divulgação
Créditos: Divulgação/Governo de SP
O prefeito Bruno Covas, o governador João Doria e o secretário da Saúde, José Henrique Germann, durante coletiva – divulgação

Além disso, reafirmou não tomar ações por conveniência e lembrou que, apesar da polarização política, a morte não escolhe “bolsonaristas” ou “petistas”. “Não pauto minhas ações por conveniência, mas por convicção. A morte não escolhe bolsonarista ou petista. Não esperem de mim que faça política em velório. A hora não é de dividir, não é de politizar, de fazer ideologias, de partidarizar, muito menos odiar. A hora é de somar, cuidar e salvar. Esta é a índole que todas as pessoas têm que ter. Esqueçam ideologia, brigas do passado, conflitos do presente, concentrem suas forças, orações, sua palavra solidária para ajudar as pessoas, salvar.”

Carta ao presidente

Após encerrar o assunto sobre a polêmica do dia, Doria anunciou que os governadores das regiões Sul e Sudeste redigiram uma carta destinada ao presidente Jair Bolsonaro.

Nela constará reivindicações que visem socorrer a saúde dos cofres estaduais como a suspensão dos pagamentos da dívida com a União por 12 meses. “Nesses sete estados está 71% da economia brasileira. Esses sete estados são os que estão mais sofrendo com covid-19. Nesses estados estão, infelizmente, o maior número de óbitos. Nesses sete estados teremos o maior número de infectados. É importante que o governo federal tenha um olhar proporcional e correto aos estados do Sul e Sudeste e para todos os brasileiros. É aqui, no Sul e no Sudeste, que temos o maior problema”, disse o governador de São Paulo.