Pai é preso por engravidar a própria filha no Macapá

A jovem, atualmente com 18 anos, foi obrigada a manter relação de marido e esposa com o próprio pai por 6 anos

Vítima foi obrigada a manter relação de marido e esposa com o próprio pai por 6 anos
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Vítima foi obrigada a manter relação de marido e esposa com o próprio pai por 6 anos

Um homem de 38 anos foi preso acusado de estuprar e engravidar a própria filha, além de manter uma relação de marido e esposa com a vítima. O caso aconteceu no estado de Macapá.

Atualmente com 18 anos, a jovem começou a ser abusada sexualmente pelo pai em 2012, à época com 12 anos. Ao todo, o período de violência durou seis anos, até ela escrever uma carta relatando os estupros e pedindo ajuda.

O homem foi preso na última segunda-feira, 30, na vila rural de Tracajatuba, em Tartarugalzinho, a 203 km de Macapá. Foragido da polícia, ele usava um nome falso e trabalhava como caseiro em uma propriedade rural, onde morava com a filha e a criança que eles tiveram juntos, hoje com dois anos.

Em depoimento, o homem confessou manter relação forçada com a vítima desde 2012, mas quando questionado sobre o porquê dos abusos, ele disse que “sinceramente, não sei dizer a razão [pela qual abusava a filha]”.

De acordo com informações do G1, a ex-esposa do acusado denunciou o então marido à polícia em 2014, acusando-o de estuprar as duas filhas do casal, ambas menores de idade. Ao saber do mandado, ele acabou fugindo.

Na época em que o pai foi denunciado por abuso, a jovem de 13 anos negou o fato, após ser ameaçada pelo mesmo. Por conta disso, sua mãe teria ficado com raiva e abandonado a filha, que passou a morar em um abrigo na capital, e, pouco tempo depois, voltou a morar com o pai, período em que os abusos voltaram a acontecer.

“Ela ficou grávida quando eles moravam no Porto Grande. Daí ela teve o bebê com o nome falso que ele arrumou na maternidade [Mãe Luzia, em Macapá] e eles foram para o Tracajatuba”, informou a delegada responsável pelo caso, Luíza Maia.

“Com medo, ela continuou se submetendo a essa condição [de estupro]. Enviei minha equipe de investigação até a localidade, cumpri o mandado judicial que estava aberto e que consta, inclusive, no Sistema Nacional de Mandados. Solicitei apoio do Conselho Tutelar e de um abrigo em Macapá, onde ela será assistida, junto com a filha, em busca de resgatar a sua dignidade”, afirmou Luíza Maia.