Navio da Libéria é suspeito pelo vazamento de óleo no Nordeste
Nesta quinta-feira, 31, as manchas de óleo chegaram a Porto Seguro e atingiram as praias de Arraial D'Ajuda e Trancoso
Um navio petroleiro da Libéria está na lista de dez embarcações suspeitas pelo vazamento de óleo que atinge as praias do Nordeste brasileiro.
Um levantamento obtido pelo G1 aponta que embarcação, operada por uma empresa grega, saiu da Venezuela em agosto, desligou seu sistema de rastreamento e passou oculto dos radares na costa brasileira.
Segundo a reportagem, ele navegou como um “navio-fantasma” por águas internacionais no mesmo período em que surgiram as primeiras manchas de óleo.
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De acordo com o G1, não se sabe se o navio está na mira das investigações da Marinha brasileira, já que os nomes das embarcações estão sob sigilo.
“Já estamos em 10 navios, estamos sintetizando a busca para chegarmos aquele [responsável]. Nesse momento são de 11 bandeiras, tem um navio que pode ser que tenha dupla bandeira”, disse o comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior.
Porto Seguro
Nesta quinta-feira, 31, as manchas de óleo chegaram a Porto Seguro e atingiram as praias de Arraial D’Ajuda e Trancoso, no sul da Bahia.
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No distrito de Arraial D’Ajuda o óleo apareceu nas praias do Mucugê, Pitinga e Taípe. Em Trancoso, a aparição foi de pequenas porções.
Até o momento, o óleo já atingiu 254 localidades dos nove estados da região Nordeste. Ontem, manchas de óleo foram encontradas nas cidade de Canavieiras, Belmonte e Santa Cruz Cabrália, que ficam no sul próximas a Porto Seguro, dentro da chamada região do arquipélago de Abrolhos, importante área de reprodução da biodiversidade da vida marinha.
Origem do óleo
Pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ acreditam que o ponto de origem do despejo de óleo que polui a costa do Nordeste esteja em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira, numa faixa de latitude com centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas.
O trabalho foi realizado por meio de imagem de satélite, computação de alto desempenho e modelo matemático.
A área apontada fica em águas internacionais. Segundo o professor Luiz Landau, coordenador do laboratório da Coppe, essa parte da análise já foi entregue às Forças Armadas.
Até agora já foram recolhidas mais de 1 mil toneladas de resíduos das praias do Nordeste.