Números do coronavírus no mundo provam que problema no Brasil é Bolsonaro

OPINIÃO: Bolsonaro é cruel. Sua política aprofunda a recessão econômica e é responsável por milhares de mortes no Brasil

Enquanto a pandemia do novo coronavírus já levou mais de 11.500 pessoas à morte no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira, 11, os números da covid-19 no mundo provam que o problema brasileiro é o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com sua política genocida.

Números do coronavírus no mundo provam que problema no Brasil é Bolsonaro
Créditos: Agência Brasil
Números do coronavírus no mundo provam que problema no Brasil é Bolsonaro

Tem sido comum ver pelas redes sociais diversas pessoas associarem as mortes no Brasil com o tamanho do país, pela sua extensão continental com uma população grande, o que justificaria o número alto de vítimas do coronavírus por aqui.

Mas isso não é verdade. Os números da doença no mundo mostram justamente o contrário. O que fica claro é que a decisão dos líderes de cada nação quanto às medidas de combate à covid-19 influencia diretamente a quantidade de óbitos.

Ou seja, decisões políticas e econômicas decidem se mais gente vai viver ou morrer por causa do coronavírus. E no Brasil, Bolsonaro opta pelas mortes, indiretamente chega até a comemorá-las, como no seu passeio de jet sky quando o país ultrapassou a marca das 10 mil mortes.

Vamos para exemplos práticos. Na China, um país territorialmente maior que o Brasil e com uma população de 1,393 bilhão de habitantes, o coronavírus infectou 82.918 mil pessoas e levou à óbito 4.633. Vale destacar que o Brasil já passa dos 160 mil infectados e nossa população tem 211 milhões de habitantes. Ou seja, o dobro de infectados com uma população 7 vezes menor.

Outra questão importante é que a China adotou medidas duras de distanciamento social, investimento público na economia e na transferência direta de dinheiro para os cidadãos chineses, o que fez diminuir o impacto econômico da pandemia no país.

Na Índia, um país proporcionalmente mais pobre que o Brasil, com 1.353 bilhão de habitantes, foram registradas 67.152 mil pessoas infectadas, até esta segunda-feira. Lá, 2.206 pessoas morreram vítimas do coronavírus. No país asiático também foram adotadas medidas de isolamento social rígidas, com multas e polícia na rua para garantir o cumprimento da quarentena.

Nos dois países citados, a unidade foi a tônica de seus governos. A defesa da quarentena e todos os esforços para sua implementação.

Enquanto isso, no Brasil, Bolsonaro desde o início minou a quarentena. Primeiro disse que era exagero, depois que se tratava de uma gripezinha. Não satisfeito, quando o país alcançou a marca de 5 mil mortos, ele disse: “E daí, quer que eu faça o que?”. Quando atingimos 10 mil mortes ele disse que “é neurose”. Nos últimos dois meses, o presidente da República ao invés de apoiar os governadores, ataca-os diariamente.

Mas, nem só de discursos horripilantes se dá a política de Bolsonaro. Ele chegou a propor um auxílio emergencial de R$ 200,00 e se não fosse o Congresso Nacional, esse valor jamais teria chegado aos R$ 600,00 – que também está longe de ser um valor razoável.

O presidente não parou por aí. Há mais de um mês do início do cadastramento para o auxílio emergencial, milhões de brasileiros ainda esperam pelo socorro para conseguirem sobreviver durante a crise do coronavírus.

Nesta semana, o governo confirmou que 12,4 milhões de pessoas terão que refazer o procedimento, enfrentando ainda diversos problemas no aplicativo da Caixa.

As dificuldades impostas pelo governo Bolsonaro para a liberação do dinheiro faz com que milhões de pessoas que perderam sua fonte de renda sigam nas filas da Caixa em busca de informações ou de alguma resolução para o problema, expondo-se ao vírus.

Vale destacar que o governo Bolsonaro até agora não destinou ajuda financeira para os estados. Sem dinheiro, fica impossível pagar pela quantidade ideal de equipamentos de proteção, respiradores, hospitais de campanha, e contratação de novos médicos e enfermeiros. Cada estado está sozinho lutando, enquanto o governo federal cria empecilhos na medida enviada ao Congresso Nacional para liberar a verba.

Praticamente dois meses depois do início do distanciamento social, as medidas práticas do governo Bolsonaro, como os discursos do presidente, desincentivam a quarentena, que deveria ser de 70%, mas não tem chegado nem aos 50%, e com isso as mortes vão se acelerando cada dia mais.

Sem vacina, não existe outra forma de conter o avanço do vírus a não ser a quarentena, para que seja possível todos os doentes graves terem acesso ao tratamento e salvar vidas.

Quando Bolsonaro não incentiva o isolamento social, ele desgasta quem mesmo assim o faz, e ainda legitima a presença nas ruas de quem não alcançou a consciência necessária para ficar em casa, e também dos patrões que não exigem que seus funcionários pratiquem a quarentena.

Sem isolamento social mais pessoas morrem, mais tarde poderemos voltar às nossas atividades, e muito mais tarde a economia se recupera.

Bolsonaro é cruel. Sua política aprofunda a recessão econômica que o país já enfrentava e ainda é responsável por milhares de mortes no Brasil.