O efeito Brumadinho

Comunicadores, artistas, educadores e acadêmicos se reuniram, no mês passado, em Brumadinho, cidade de 30 mil habitantes no interior de Minas Gerais, para discutir o futuro da transmissão do conhecimento no século 21.

A escolha do lugar teve apelo simbólico: apesar de a cidade lembrar o século 19, com carroças puxadas a cavalo e gente conversando na calçada, uma inovação colocou-a nos circuitos culturais mais refinados do mundo, de Londres a Nova York, passando por Paris e Milão.

Durante os debates, o economista Claudio Moura Castro sugeriu instalar ali uma espécie de centro mundial de inovação, atraindo talentos de todo o planeta, cujas palestras seriam transmitidas em tempo real.

Brumadinho provoca tanto a imaginação porque um empresário (Bernardo Paz) transformou uma fazenda no maior museu de arte contemporânea de que se tem notícia, batizado de Inhotim.

Passa-se, em minutos, do século 19 ao 21, ao cruzar as ruas do pacato povoado interiorano até a entrada do museu-fazenda. Está ali um bom exemplo do que significam as possibilidades da economia criativa. O tema é incipiente na agenda dos candidatos, mas nele reside o futuro, a nova forma de trabalharmos, aprendermos e nos comunicarmos.

Trecho da coluna divulgada no Jornal Folha de S. Paulo
Leia também: Economi Criativa