Em menos de 24 horas, mais de 100 mil pessoas assinaram uma petição criada na plataforma Change.org que pede punição dos responsáveis pela morte da onça Juma, abatida com um tiro de pistola no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), após participar de um dos trajetos de revezamento da tocha olímpica em Manaus, na última segunda-feira (20/06).

O caso repercutiu nas redes sociais e o abaixo-assinado criado pela advogada Liana Menezes, do Rio de Janeiro, é direcionado ao Comando Militar da Amazônia, que está sendo notificado a cada nova assinatura. Para Liana, o sacrifício de Juma não poderá ficar impune. “O meu interesse maior é que se averigue quem foram os responsáveis. Juma foi retirada de seu habitat natural numa atitude irresponsável que custou a vida de um animal inocente”, declarou.

A petição está aqui.

Onça Juma logo antes de ser abatida

O Comitê Organizador da Rio 2016 assumiu o erro ao permitir a exibição do animal durante o evento e afirmou que não haverá mais situações como essa nos jogos olímpicos. “Erramos ao permitir que a tocha olímpica, símbolo da paz e da união entre povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores. Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha”, declarou em seu perfil oficial em uma rede social.

Juma é de uma espécie ameaçada de extinção e foi morta depois de um procedimento de resgate. De acordo com o Comando Militar da Amazônia, após a exibição pública e mesmo sob efeito de tranquilizantes, o animal teria se deslocado na direção de um militar e que o disparo fatal foi realizado para proteger os profissionais que estavam no local. O Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas não havia autorizado a participação do animal no evento.

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