Paciente de médico preso está em estado vegetativo há 7 anos
Wellington Barbosa de Lima também faria uma abdominoplastia com a equipe de Bolívar, mas teve uma parada cardiorrespiratória com a anestesia
Outro paciente do médico Bolívar Guerrero Silva, se encontra em estado vegetativo há 7 anos. Preso por manter uma mulher em cárcere privado no hospital que atuava, esse é mais um dos casos em que ele está sendo processado por erro médico. O cirurgião está preso desde a última segunda-feira, 18.
Em 2015, Wellington Barbosa de Lima, de 41 anos, também faria uma abdominoplastia com a equipe de Bolívar, no entanto sofreu uma parada cardiorrespiratória logo na anestesia. O incidente causou lesões cerebrais em Wellington e por isso está acamado desde então.
Assim como no caso mais recente envolvendo Daiana Cavalcanti, que foi transferida nesta quinta-feira, 21, para outro hospital, Wellington Barbosa também ia ser operado por Bolívar Guerrero no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro.
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Processo contra o médico e hospital
A família do paciente entrou com um processo contra o médico e contra o hospital particular porque acredita-se que o que ocasionou o estado atual dele foi um erro médico.
A família de Wellington conseguiu, no ano posterior à cirurgia, em 2016, que a Justiça determinasse um serviço de “home care” (cuidados para o paciente em casa ) custeado pelo Hospital Santa Branca e por Bolívar Guerrero.
O juiz Felipe Pinelli Pedalino Costa decidiu que os réus pagassem o tratamento de Wellington, arcando com as despesas de remédios, próteses, ambulância para deslocamento, cadeira de rodas, cama apropriada, fraldas, consultas médicas, fisioterapia motora e respiratória e tratamento com fonoaudiólogo.
“O que nós esperamos é que a justiça seja feita. Porque se esse procedimento praticado pelo doutor Bolívar levou o Wellington a esse estado vegetativo, e ele não tem mais condições de viver… Porque a verdade é essa…. De conviver com os filhos, com a mãe. Um homem que está em cima de uma cama sem poder viver, que pelo menos a justiça seja feita”, disse a advogada Tatiana Citeli ao g1.
Agora, falta só um exame pericial para esclarecer se houve erro durante o atendimento médico e se Wellington teve devida assistência e socorro imediato durante a cirurgia. Ainda sem data para julgamento, o processo movido pelos familiares do paciente pede que os réus prossigam pagando o tratamento dele, além de uma indenização.
“Infelizmente, não vai trazer o Wellington de volta. Mas eu acho que vai amenizar bastante o sofrimento, principalmente da Dona Aparecida, que é a mãe”, falou a advogada.