Pai de duas crianças com autismo é surpreendido em aeroporto
Além do diagnóstico, outra dor das famílias de crianças com transtornos ou necessidades específicas é o preconceito e a discriminação, o que muitas vezes leva famílias a evitarem o quanto puderem o convívio social.
Para crianças do espectro autista, por exemplo, situações corriqueiras como assistir a um filme em silêncio ou ficar muito tempo dentro de um lugar fechado podem ser desafios enormes.
O americano Kris Cruickshank é pai de duas crianças diagnosticadas com o transtorno, e vivenciou uma situação inesperada no aeroporto de Aberdeen, na Escócia.
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Ao tentar embarcar com os dois pequenos – que têm quatro e seis anos -, ele teve que lidar com uma situação comum em sua rotina: a agitação dos filhos. “Conforme nos aproximamos da esteira, ele não estava conseguindo lidar com aquilo e teve um colapso muito intenso”, escreveu Kris em um post publicado na página “Love what matters” do Facebook.
“Eu e minha esposa tentamos acalmá-lo e impedir que machucasse a si mesmo enquanto ficávamos de olho no caçula e colocávamos nossas malas na máquina”, relembra ele.
Depois de pedir desculpas para os funcionários do local por atrapalhar a a fila dos demais passageiros, explicando que seu filho era autista, o pai foi surpreendido por um gesto simples, porém, transformador.
“Ela pediu aos colegas para parar as esteiras por alguns instantes e para que não houvesse mais barulho, e chamou outros funcionários para nos ajudar”, conta o pai, no texto que já tem mais de 8 mil reações.
“Eles levaram minha esposa e meu filho mais velho através do detector de metais a um quarto tranqüilo para que ele pudesse se acalmar e ter alguma paz. Além disso, eles também me ajudaram com as malas e todo o resto que teve que passar pela segurança”, relata.
“As crianças ficaram confortáveis e o mais velho adormeceu pouco depois da decolagem”, conta Kris. “minha mulher e eu queremos transmitir a nossa mais sincera gratidão a todos os funcionários do aeroporto de aberdeen por tudo o que fizeram na sexta-feira à tarde para nós e para as crianças. Sem eles, não teríamos conseguido embarcar naquele dia!”. Clique aqui para ler o depoimento do pai na íntegra.
A história chama a atenção para a importância de empresas e estabelecimentos se posicionarem de forma empática, de modo a acolher as famílias com necessidades específicas não apenas como consumidores, mas como seres humanos. Gestos simples, como contratar funcionários habilitados a utilizar linguagem de sinais, como o caso do Mickey que se comunicou com um menino surdo na Disney, podem significar o mundo para as crianças e suas famílias.
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