Passageira acalma menino autista que fica agitado durante voo

Crianças diagnosticadas no espectro autista podem ter muita sensibilidade a ruídos, estímulos sensoriais e situações desconhecidas. Por isso, quando elas estão fora de casa, é comum ficarem agitadas e inquietas. Foi o que aconteceu com este pequeno em um voo de Israel para os Estados Unidos – um trajeto que dura em média oito horas. A situação se complicou ainda mais com o atraso inesperado de três horas, já com os passageiros exaustos.

Foi então que o menino começou a ficar muito agitado. “Seus gritos foram ouvidos em todo o avião, e você sentia a tensão entre os passageiros”, relatou uma das pessoas que ajdudou o pequeno, Bentzion Groner, em seu Facebook após o ocorrido.

Junto com a amiga Rochel, ele conta que os demais passageiros ficaram incomodados com a situação, mas ninguém tomou uma atitude. “Estava ficando muito desconfortável”, disse.

So we just flew back from chaperoning an amazing trip thanks to MAYANOT: Taglit-Birthright Israel. The connecting flight…

Posted by Bentzion Groner on Friday, July 14, 2017

Rochel levou o menino para um lugar mais calmo no fundo do avião, sugeriu que tirasse os sapatos para ficar mais confortável, brincou com ele e o distraiu para que ficasse mais tranquilo, ajudando a mãe a contornar uma situação típica em que o cuidado com a criança sai do controle.

Mãe e filho, de descendência africana, estavam viajando para a África, e mal falavam inglês. Mas, para a sorte deles, empatia é universal. Os passageiros que prontificaram a ajudar estão acostumados a esse tipo de situação, pois trabalham em uma organização que atende crianças com deficiências e limitações específicas, a Friendchip Circle International, na Carolina do Norte (EUA).

Apesar de não dominar o idioma dos novos amigos, a mãe agradeceu e se emocionou com a solidariedade e altruísmo. “Somos ensinados que se nós apenas oferecemos nossa mão no amor e aceitação, os milagres vão seguir”, disse Bentzion. Clique aqui para ler o relato na íntegra.

O gesto dos dois reacende a velha discussão: os espaços comuns de convívio estão preparados para receber crianças e adultos com necessidades específicas? É preciso atentar para o que pequenos gestos como estes significam para as famílias que diariamente têm de lidar com o preconceito e a discriminação.

*Com informações de Razões para Acreditar

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