Pai de jovem estuprada e morta se posiciona contra Jair Bolsonaro

Ari Friedenbach é advogado e ex-vereador, e manifestou repulsa ao candidato do PSL

Ari Friedenbach, advogado e ex-vereador de São Paulo, concedeu uma entrevista à Ponte Jornalismo em que se posiciona contra o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). Ele é pai de Liana Friedenbach, jovem que foi estuprada e morta na Grande São Paulo, em 2003, quando acampava com o namorado, Felipe Caffé que também foi assassinado.

Liana Friedenbach e o namorado, assassinados em 2003
Créditos: divulgação
Liana Friedenbach e o namorado, assassinados em 2003

Ari diz ter verdadeira ojeriza da campanha de Bolsonaro. “Quem vota no Bolsonaro não merece meu respeito. É falta de caráter. Eu até tenho raiva do Bolsonaro, mas eu tenho mais raiva de quem vota nele. Quem vota no Bolsonaro mostra falta de caráter, falta de cultura, falta de conhecimento. Falta, no mínimo, de leitura de história. Sabe, eu não sou um judeu religioso, mas, por exemplo, essa mistura que tem acontecido de política com fé. No final das contas, quando o cara vai na igreja de domingo, na mesquita, na sinagoga, no terreiro, qualquer coisa que o valha, no fundo todo mundo está buscando a mesma coisa por caminhos diferentes. É um Deus, uma força maior, mas o destino é o mesmo. É uma coisa de respeito ao próximo, ética, o objetivo é o mesmo. Agora, eu acho inadmissível que a pessoa vá na igreja, coma a hóstia e, quando sai, dali pra frente, da porta para fora, é um filho da puta. É uma coisa antagônica. E faço essa comparação porque no fundo é isso. O cara quer ter essa pureza evangélica, judaica, ou seja lá o que for, e é um canalha. Porque para mim quem vota no Bolsonaro é como ele: canalha”.

Na entrevista, Friedenbach também afirmou que tem recebido diversas mensagens de ódio em suas redes sociais.  “Ari, tua filha morreu na mão da marginália que o PT, PCdoB, PSOL e PDT apoiam. Tu é uma vergonha para o mundo”, escreveu um rapaz de Porto Alegre, em mensagem privada no Facebook.

Leia a matéria completa no site da Ponte Jornalismo.