O que fazer ao encontrar um pássaro ferido na rua
Prédios com fachadas envidraçadas aumentam as chances de colisão de pássaros
Há uma boa chance de você algum dia encontrar um pássaro ferido no quintal de casa, em uma praça pública ou na rua. Muitos acabam machucados por linhas de pipa, outros se chocam com prédios de vidro ou simplesmente caem do ninho. E o que fazer nessas situações?
Esta foi a pergunta que a redação da Catraca Livre se fez ao encontrar um pássaro machucado no chão. Uma rápida busca no Google nos levou a um centro de reabilitação de animais silvestres, o DEPAVE-3 (Departamento de Parques e Áreas Verdes) que tem núcleos dentro dos parques Ibirapuera e Anhanguera, em São Paulo.
O centro atende especialmente aves e répteis que são resgatados pela população, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental e Ibama. O atendimento clínico funciona inclusive aos finais de semana.
- Estudo aponta relação do autismo com cordão umbilical
- Onde explorar a riquíssima gastronomia portuguesa em Lisboa?
- Mais do que tempero, alecrim é eficiente para memória e muito mais
- Autismo: saiba motivo que leva ao aumento expressivo de casos da doença
Em São Paulo, a orientação para qualquer pessoa que encontre um pássaro ou qualquer outro animal silvestre ferido é ligar no plantão do órgão no número (11) 3885-6669 para receber informações antes de se encaminhar até o local. Ou enviar mensagem no WhatsApp do DEPAVE-3 (11) 95220-0219 com a foto da ave.
Outra possibilidade é pedir ajuda para a Guarda Civil Metropolitana (GCM) ou para a Polícia Ambiental, que – nesses casos – fazem o resgate e encaminhamento do animal. Isso vale para qualquer cidade. “Não podem negar socorro, porque todo animal silvestre é propriedade da União, portanto, é um dever todo Estado zelar pelo bem-estar deles”, explica o biólogo e veterinário Francisco Miguel Conde, do DEPAVE-3.
Grande parte das aves recebidas pelos centros de manejo de fauna silvestre é constituída por filhotes, no entanto, o DEPAVE destaca que nem sempre essas aves precisam de cuidados veterinários. “Na primavera, principalmente, muitos filhotes caem do ninho ou acabam ficando perdidos, e a mãe em algum momento pode voltar. Então, tirar o filhote de lá nem sempre é a melhor solução. Nesses casos, é importante receber as orientações pelo telefone antes de resgatá-lo”, orienta Conde.
Causas comuns de ferimento
De acordo com o biólogo, as causas mais comuns de ferimentos em pássaros são a colisão com prédios envidraçados ou espelhados – que refletem o céu e confundem as aves – e cortes com linha de pipa. Nessas duas situações, os ferimentos podem ser graves, mas há chances de recuperação.
No centro de manejo, os pássaros passam por atendimento de emergência, tratamento, reabilitação, treino de caça e de voo e só depois são soltos em áreas verdes próximas de onde foram encontrados.
Antes de ganhar liberdade, todas as aves recebem um anel metálico na pata, com os dados do animal, que servirão para monitoramento posterior. Já os répteis, como lagartos, iguanas e jacarés, são microchipados com essas informações.
Quanto à ave que a Catraca Livre resgatou, soubemos se tratar de uma asa branca, que estava com uma luxação leve na asa. Após receber tratamento no centro veterinário do DEPAVE-3 por cerca de 30 dias e passar por reabilitação, a ave foi solta no Parque Anhanguera no final de abril.
Serviço
DEPAVE 3- Departamento de Parques e Áreas Verdes
Av. IV Centenário, Portão 7ª
Segunda a sexta-feira: das 8h às 16h
Finais de semana e feriados: das 8h às 12h
Telefone: (11) 3885-6669
WhatsApp: (11) 95220-0219 – para esclarecimento de dúvidas e orientações
- Leia também: