Patroa de babá que pulou de prédio já foi denunciada por 12 ex-funcionárias

Raiana saltou de prédio em Salvador para fugir de agressões e cárcere privado

Uma idosa alegou ter recebido mordidas na cabeça e socos no rosto da mesma patroa da babá Raiana Ribeiro, que pulou de um prédio para escapar do cárcere privado em Salvador. Ela é a 12ª ex-funcionária a denunciar Melina Esteves França.

“A vítima fazia tudo o que ela queria, nunca divergia”, contou o advogado ao Correio. “Melina a ameaçava, dizendo que faria algo com a ela e com os seus familiares, inclusive o neto, caso fugisse.”

A babá Raiana Ribeiro da Silva, de 25 anos, contou que era agredida e mantida em cárcere privado pela patroa
Créditos: Reprodução/TV Bahia
A babá Raiana Ribeiro da Silva, de 25 anos, contou que era agredida e mantida em cárcere privado pela patroa

Raiana, depois de ser agredida e trancada em um cômodo por pedir demissão, saltou do edifício para escapar da violência em 25 de agosto.

Vídeo mostra babá sendo agredida pela patroa antes de pular do 3º andar
Créditos: Reprodução/Youtube
Vídeo mostra babá sendo agredida pela patroa antes de pular do 3º andar

Outras mulheres denunciam ex-patroa

Este não seria o primeiro caso de agressões e maus-tratos por parte de Melina Esteves França. Outras seis

O “Fantástico” ouviu duas outras ex-funcionárias prestaram queixa na polícia no último domingo, 29. Uma procurou a delegacia depois da denúncia de Raiana.

Na entrevista, ela afirmou que trabalhou em junho como babá das trigêmeas de Melina e relatou os casos de agressões e maus-tratos sofridos durante 15 dias, além da falta de pagamento pelo serviço. Segundo ela, o horário de trabalho era das 8h às 20h, sem carteira assinada.

Outra mulher, que também preferiu não se identificar, também relatou falta de pagamento após dois meses de trabalho para Melina França, em 2019.

“Quando chegou a data que eu fui cobrar ela, ela me ameaçou. Começou a gritar dentro do apartamento dizendo que eu queria bater nela”, afirmou.

A mulher relatou que no mesmo dia foi à delegacia prestar queixa contra Melina.

Violência doméstica

Qualquer cidadão pode fazer uma denúncia anônima sobre casos violência infantil pelo Disque 100
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Qualquer cidadão pode fazer uma denúncia anônima sobre casos violência infantil pelo Disque 100

Quando pensamos em violência doméstica, logo imaginamos pais batendo nos filhos. Mas esse tipo de violência infantil pode ser física, psicológica, sexual e manifestar-se por negligência, como: deixar a criança em casa sem vigilância, negligenciar cuidados médicos e alimentação adequada, exposição do menor a situações que gerem perigo à vida ou à saúde, utilização da criança para realização de trabalho.

Há um universo inteiro de formas como a violência pode se dar, como a síndrome de Munchausen por procuração (quando um dos pais simula sintomas de doenças inexistentes no filho), intoxicações, envenenamentos, violência virtua e até o extremo filicídio (quando a criança é morta por um dos pais).

Como denunciar?

Disque 100

Como nos casos de racismo, homofobia e outras violações de direitos humanos, qualquer cidadão pode fazer uma denúncia anônima sobre casos violência infantil pelo Disque 100. A denúncia será analisada e encaminhada aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização em direitos humanos, respeitando as competências de cada órgão. Leia a matéria completa no link.