Pazuello afirma que Doria faz jogada de marketing com vacinação
Governador furou o "Dia D" e a "Hora H" do ministro da Saúde
Neste domingo, 17, assim que o uso da vacina coronavac foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou o início da vacinação no Estado. A atitude de Doria não foi bem vista pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que afirmou ser uma “jogada de marketing” com a vacinação.
Originalmente, Doria havia prometido começar a imunização com a vacina do Butantan no dia 25 de janeiro, para coincidir com o aniversário da capital paulista. Em meio a diversos imbróglios políticos, o ministério da Saúde projetava um início para a próxima quarta-feira, 20 –ou no dia D, na hora H, para todo o Brasil.
Em coletiva após as primeiras aplicações da vacina, Pazuello se mostrou irritado com o ato do governador, que é adversário político do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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“Em respeito aos governadores, não faremos uma jogada de marketing”, disse o ministro da Saúde. Ele também acenou uma possibilidade de ação judicial contra o governador.
“Qualquer movimento fora da linha está em desacordo com a lei”, afirmou. “Nós temos muitas coisas no país em desacordo com a lei, é por isso que a lei existe.”
Primeira vacinada
Nesta tarde, Mônica Calazans, de 54 anos, enfermeira e moradora de Itaquera, zona leste de São Paulo, foi a primeira pessoa a receber uma dose da vacina Coronavac. Ela trabalha no hospital Emílio Ribas e está na linha de frente do combate ao coronavírus.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra o novo coronavírus.