Crianças em estado terminal respondem: ‘o que importa na vida’?
O africano Alastair McAlpine é médico pediatra e especialista em cuidados paliativos, na Cidade do Cabo. Na tentativa de provocar uma reflexão sobre o que realmente importa para as crianças, ele publicou em seu Twitter pessoal uma sequência de posts sobre o que aprendeu com seus pequenos pacientes. O resultado é um verdadeiro fenômeno viral, com mais de 100 mil compartilhamentos e 160 mil reações.
A proposta de sua pesquisa como médico era perguntar para crianças em estado de terminal, com idades entre quatro e nove anos, o que elas mais gostavam da vida e das pessoas, e que conselhos teriam para dar.
Filosóficas, as respostas apontam para caminhos comuns: a importância do cuidado, dos vínculos afetivos, da presença da família e dos bons momentos vividos com quem se ama.
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“Quase todas elas valorizavam a bondade mais do que qualquer outra virtude: ‘Minha avó é muito boa comigo. Ela sempre me faz rir.’ ‘Jonny me deu metade do sanduíche dele quando eu ainda nem tinha comido o meu. Aquilo foi legal.’ ‘Gosto quando aquela enfermeira bacana está aqui. Ela é gentil. E isso dói menos’, conta o pediatra, sobre a resposta que ouviu de uma criança de apenas oito anos.
“Nenhuma das crianças disse que gostaria de ter passado mais tempo vendo TV ou navegando no Facebook”, escreveu McAlpine. Memórias simples como nadar no mar, brincar com os animais de estimação ou construir castelos de areia se sobressaíram nas respostas.
“TODAS ELAS adoravam livros e ouvir histórias, especialmente as de seus pais: ‘Harry Potter me fez sentir corajoso.’ ‘Adoro histórias do espaço!’ ‘Quando melhorar, quero ser um grande detetive, como Sherlock Holmes!’ Amigos, leiam para seus filhos! Eles adoram”, escreveu o médico.
O post rapidamente se converteu de um simples relato de experiência para uma verdadeira lição sobre os valores que realmente importam e fazem com que a vida tenha significado. A mensagem que McAlpine compartilha é também de que pouco importam as posses materiais, se não existir presença e carinho entre pais e filhos.
“Seja generoso. Leia mais livros. Passe tempo com sua família. Seja mais brincalhão. Vá à praia. Acaricie seu cachorro. Diga àquela pessoa especial que você a ama. Essas são as coisas que essas crianças gostariam de ter feito mais. O resto não é tão importante. Ah… e tome sorvete”, concluiu o pediatra. Para ler os posts na íntegra, clique aqui.
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