Petições contra aumento salarial de políticos têm 3 mi de apoios
Foi aprovado pelo Senado um reajuste de 16% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que podem vir a ganhar R$ 39,2 mil mensalmente
Na última quarta-feira, 7, foi aprovado pelo Senado um reajuste de 16% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que podem vir a ganhar R$ 39,2 mil mensalmente. A aprovação do aumento, que pode causar um impacto de R$ 4 bilhões nas contas públicas, agora depende da sanção do presidente Michel Temer.
Em resposta contrária à tal medida, que já estava em pauta a meses, três milhões de brasileiros estão se mobilizando e assinando petições online criadas na plataforma Change.org ao longo de 2018. São nove abaixo-assinados até agora.
O abaixo-assinado que conta com mais apoiadores foi criado pelo Partido Novo e em menos de 24 horas já bateu um milhão de assinaturas. De acordo com a legenda, o aumento de salário no STF “causa um efeito cascata e retroativo que o Brasil não suporta mais, com graves consequências posteriores para estados e municípios”.
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Na noite de quarta, o Partido Novo organizou um “tuitaço” com a hashtag #AumentoNão, que chegou em terceiro lugar nos Trendig Topics do Twitter no mundo. Leia a petição: www.change.org/AumentoNao

Outro abaixo-assinado sobre o assunto foi criado em outubro pelo youtuber Caio Coppolla, em parceria com o deputado federal recém-eleito Vinicius Poit (NOVO-SP), e conta com quase 800 mil assinaturas.
Caio afirma, no texto da petição, ser “importante interromper a série histórica de aumentos que os parlamentares (deputados e senadores) concedem a si próprios e seus sucessores após as eleições”, já que o reajuste no STF pode vir acompanhado de um reajuste também no Poder Legislativo e para outras autoridades, como procuradores federais.
A deputada federal Tabata Amaral (PDT – SP) chegou a responder a petição, posicionando-se também contra o aumento e endossando o que está sendo pedido. “Eu não quero aumento no meu futuro salário – o que eu quero é um Brasil mais inclusivo, desenvolvido e ético”, declarou Tabata.
Leia mais em: www.change.org/AumentoDeSalario

Outras petições foram criadas por pessoas comuns, e ainda assim reuniram centenas de milhares de assinaturas. Um exemplo é o abaixo-assinado iniciado pelo pianista Ricardo Pimentel, morador de Brasília (DF). Ele pede que o aumento salarial dos ministros do STF seja barrado pelo Congresso Nacional ou pelo presidente Michel Temer. Até agora, Pimentel conseguiu reunir 450 mil assinaturas.
O professor de medicina veterinária Roberto Foz Filho, que dá aulas na Universidade Anhembi Morumbi, também mobilizou meio milhão de pessoas em um abaixo-assinado contra os privilégios no Executivo, Judiciário e Legislativo – inclusive contra o reajuste salarial.
Os nove abaixo-assinados criados na Change.org contra o reajuste de salários em todos os três Poderes começaram a ganhar força a partir de agosto deste ano.