PM ofende bolsonaristas e vira alvo de investigação
Polícia Militar instaurou sindicância interna para investigar as declarações do sargento
Na véspera de 7 de Setembro, o sargento da Polícia Militar de São Paulo Renato Kenjiro Tamaki, de 41 anos, gravou um vídeo zombando de bolsonaristas que prometiam ir à manifestação pró-governo e contra o Supremo Tribunal Federal (STF). O ato foi convocado e estimulado por Jair Bolsonaro (sem partido).
“No dia 7 de setembro o Brasil vai entrar no Guinness, mano. A maior concentração de corno por metro quadrado do planeta Terra”, diz o policial no vídeo.
“E é fácil identificar essa ‘cornaiada’ aí, eles vão estar tudo lá gritando ‘mito, mito’, o que vão de moto vão estar assim ‘bibibibibi’”.
Tamaki fez a gravação perto de uma piscina, sem farda e sem se identificar como policial militar. Veja:
Em outra gravação, feita em ambiente interno, ele questiona os pedidos de intervenção militar e revela o seu apoio à democracia.
Após as declarações, o policial foi transferido de Barueri para Carapicuíba e depois para Caucaia do Alto. A cidade na região metropolitana de São Paulo fica a mais de 40 km do local que ele mora.
A Polícia Militar disse que instaurou sindicância interna para investigar o caso. Veja, abaixo, a nota da PM:
Sobre o caso do Sgt PM Renato Kenjiro Tamaki, da mesma forma, o graduado foi transferido e, para devida apuração, foi instaurada Sindicância que, ao final, poderá ensejar punição administrativa de repreensão à permanência disciplinar.
Cumpre ressaltar que a Polícia Militar é uma Instituição de Estado que age de forma rigorosa quando seus integrantes infringem as normas e regulamentos internos. Tanto assim que, diferentemente do alardeado por parte da imprensa, não houveram ocorrências envolvendo policiais militares da ativa (de folga) nas manifestações públicas de 7 de setembro, 12 de setembro e de 2 de outubro.
Bolsonaro, Bolsonaristas e a Independência
O feriado de 7 de setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil, foi marcado por atos repletos de pautas antidemocráticas em apoio a Bolsonaro.
Em discursos em Brasília e São Paulo, o mandatário ameaçou as instituições que, de acordo com ele, estão desrespeitando a Constituição e disse que só Deus poderá tirá-lo do cargo.