Polícia indicia jovem picado por naja e pais por tráfico de animais
Os crimes de tráfico de animais e maus-tratos de Pedro Krambeck foram multiplicados pelo número de serpentes que o estudante criava --23
A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou nesta quinta-feira, 13, o estudante de veterinária Pedro Henrique Krambeck, 22 anos, picado por uma cobra naja em julho, por tráfico de animais silvestres e exóticos.
Segundo o inquérito, Pedro traficava animais silvestres desde 2017. O estudante também responderá pelo crime de e maus-tratos pelo número correspondente de cobras relacionadas a ele: 23, além associação criminosa e exercício ilegal da profissão. As informações são do G1.
A polícia também indiciou a mãe do rapaz, Rose Meire dos Santos Lehmkuhl, o padrasto, Eduardo Condi, sete amigos e uma professora da faculdade onde eles estudavam.
Uma servidora do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) também foi indiciada na mesma investigação. No entanto, por ser funcionária de órgão federal, o caso está sob apuração da Polícia Federal.
De acordo com o delegado Willian Andrade, Pedro Henrique “comprava serpentes de outros estados, criava em cativeiro, montado na própria residência, e vendia os filhotes por R$ 500.
“Deixamos claro que não se trata de um colecionador. Nessa investigação, tratamos de separar o joio do trigo, reconhecendo quem apenas criava uma ou duas cobras, de quem compra, vende e atua nesse tráfico”, disse o delegado em entrevista coletiva nesta manhã.
O inquérito agora será enviado à Justiça, que envia o processo ao Ministério Público do DF e, então, os promotores decidem se os envolvidos serão denunciados ou não pelos crimes.
Entenda o caso da naja
Pedro Henrique Santos Krambeck foi picado no dia 7 de julho por uma naja que criava em casa. O jovem chegou a ficar em coma, mas teve alta no dia 13. Por conta de um atestado médico, só prestaria depoimento em agosto.
No último dia 16, Pedro foi multado em R$ 81,3 mil por manter animais nativos e exóticos em locais inapropriados e sem autorização, além de maus tratos, e por dificultar as ações do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis).
De acordo com a Polícia Civil do DF, Pedro seria dono de pelo menos outras 16 serpentes. Ele costumava postar fotos com os bichinhos nas redes sociais.