Policial que matou George Floyd recebe condenação de 21 anos de prisão
O ex-policial disse que "deseja tudo de bom" ao filhos de Floyd, mas em momento algum pediu desculpa ou sentiu remorso pelo seu ato
A Justiça Federal americana condenou, nessa quinta-feira, 8, o ex-policial Derek Chauvin a 21 anos de prisão por violar os direitos civis de George Floyd. Ele já tinha sido sentenciado a 22 anos por assassinato e homicídio culposo pela Corte do estado de Minneapolis.
Em maio de 2020, Derek Chauvin matou George Floyd, um homem negro, a sangue frio em uma abordagem. O então policial colocou o joelho sobre o pescoço de Floyd por 9 minutos, que acabou não resistindo. O assassinato gerou diversos protestos pelo mundo contra o racismo e a violência policial.
Além de Floyd, Chauvin também foi julgado por violar os direitos de uma criança de 14 anos, ocasião em que o ex-policial bateu várias vezes na cabeça do jovem com uma lanterna e se ajoelhou no pescoço dele. O caso aconteceu anos antes da morte de George Floyd.
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“Esta sentença deve enviar uma forte mensagem de que o Departamento de Justiça está pronto para processar policiais que usam força letal sem fundamento”, falou a procuradora-geral assistente Kristen Clarke, da Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça.
“Embora nenhuma quantidade de tempo de prisão possa reverter as trágicas consequências das ações violentas de Derek Chauvin, esperamos que esta sentença forneça uma pequena medida de justiça para as famílias e comunidades afetadas”, prosseguiu.
No julgamento, Chauvin admitiu que violou deliberadamente o direito constitucional de Floyd de não ser privado de liberdade sem o processo legal e que não prestou socorro médico ao jovem.
O ex-policial branco também falou que “deseja tudo de bom” para os filhos de Floyd, porém não pediu desculpas ou demonstrou remorso pelo o que ele fez. Chauvin ainda foi condenado ao pagamento de multa com valor a ser definido.