Por feminicídio, Justiça condena homem a 16 anos de prisão
Ele alegou que a vítima se matou ao brincar de roleta russa
Marcelo da Silva Azevedo, de 28 anos, foi considerado culpado pelo feminicídio de Laniele Santos Duques da Silva. Ele teria assassinado a mulher, em 2017, na frente da filha do casal. O crime aconteceu em Mauá, na Grande São Paulo.
Ele nega o crime e alega, em sua defesa, que Laniele se matou ao brincar de roleta russa com um revólver calibre 38. A Polícia Militar não encontrou a arma do crime e a perícia descartou a possibilidade de morte acidental. A vítima era destra e o tiro atingiu a têmpora esquerda.
O julgamento, com júri popular, foi realizado nesta quinta-feira, 2, em Mauá. O juiz Marco Mattos Sestini aplicou a pena.
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Azevedo já havia sido preso por tráfico de drogas. Na época do assassinato, a vítima tinha 20 anos e era mãe e balconista.
Apenas no 1º trimestre deste ano no estado de São Paulo, os casos de feminicídio aumentaram 76%.
Feminicídio
Desde 2015 existe uma lei que considera o feminicídio crime hediondo com pena de 12 a 30 anos de prisão. Feminicídio envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher e violência doméstica e familiar. A lei define feminicídio como “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino”, e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.