Postos de São Paulo não têm mais gasolina comum e etanol

Ainda há um pouco de diesel e de gasolina aditivada, afirma sindicato; veja a situação do transporte público

25/05/2018 11:18 / Atualizado em 05/05/2020 10:40

Greve de caminhoneiros causa desabastecimento de combustível em postos de gasolina
Greve de caminhoneiros causa desabastecimento de combustível em postos de gasolina - Fernando Frazão/Agência Brasil

Os postos de combustíveis na Grande São Paulo, incluindo a capital, não têm mais gasolina comum e etanol, segundo informou nesta sexta-feira, 25, o presidente do Sindicato Comércio Varejista Derivados Petróleo Estado São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia. Ainda há um pouco de diesel e de gasolina aditivada.

A Região Metropolitana tem 2,1 mil postos de combustíveis. De acordo com o sindicato, mesmo se os protestos dos caminhoneiros terminarem, ainda levará três dias para a situação voltar ao normal.

Em entrevista ao G1 nesta quinta-feira, 24, Paiva declarou que a situação dos postos é “drástica”. “Nós não temos recebimento de produto desde segunda-feira. Nós temos estoque para três dias, portanto, os estoques estão acabando. Hoje quando você ver uma fila, com certeza não tem nem álcool – o etanol – ou gasolina comum. As filas são para abastecer gasolina aditivada e as gasolinas especiais, e algum pouco de diesel que sobrou nos tanques ainda”, disse o presidente.

Transporte público

A Prefeitura de São Paulo informou que, no pico da manhã desta sexta, circularam na cidade de São Paulo cerca de 60% dos ônibus programados para o horário. Para o entrepico, as empresas que operam o transporte coletivo municipal foram autorizadas pela SPTrans a rodar com 40% da frota.

Segundo a prefeitura, a medida é necessária para garantir que a frota esteja operacional no fim da tarde e noite. A frota de trólebus está 100% operacional. Já o rodízio municipal de veículos continua suspenso durante todo o dia.

“A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes determinou que a SPTrans e a CET reforcem as equipes de rua para orientar os passageiros e motoristas sobre as mudanças”, diz a nota.

Veja o comunicado na íntegra:

“A Prefeitura de São Paulo informa que, no pico da manhã desta sexta-feira, 25, circularam na cidade de São Paulo cerca de 60% dos ônibus programados para o horário. Para o entrepico, as empresas que operam o transporte coletivo municipal foram autorizadas pela SPTrans a rodar com 40% da frota. A medida é necessária para garantir que a frota esteja operacional no fim da tarde e noite. A frota de trólebus está 100% operacional.

O rodízio municipal de veículos está suspenso durante todo o dia. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes determinou que a SPTrans e a CET reforcem as equipes de rua para orientar os passageiros e motoristas sobre as mudanças.

A AMLURB informa que a coleta de resíduos domiciliares (lixos comum e recicláveis), a maior parte dela realizada à noite, está prejudicada, mas ainda pode ser normalizada ao longo desta sexta-feira. A empresa busca alternativas e espera normalizar o abastecimento dos veículos ao longo do dia.

Os serviços de limpeza urbana como a varrição de vias e logradouros estão reduzidos. A limpeza de pós-feiras, recolhimento de animais mortos e coleta de resíduos hospitalares, no entanto, são executados normalmente.

Os serviços de Saúde funcionam normalmente, apenas com faltas pontuais de funcionários que tiveram dificuldades de chegar ao trabalho. As aulas também foram mantidas em toda a rede municipal. Houve manifestações de vans do Transporte Escolar Gratuito que prejudicaram o serviço em especial na região sul da cidade. A merenda escolar está garantida. A partir de segunda-feira pode ser necessário haver adaptações no cardápio servido aos estudantes.

A Prefeitura de São Paulo ainda negocia com os sindicatos dos caminhoneiros e das empresas de transporte de cargas para fazer valer a liminar obtida na quinta-feira. Durante a madrugada, tentou-se obter 600 mil litros de combustível para as concessionárias de ônibus em Paulínia, mas não foi possível por temor dos motoristas dos caminhões-tanque de sofrerem retaliações futuras. Também não foi possível obter 180 mil litros de combustível em São Bernardo, que seriam utilizados pelas concessionárias da coleta de lixo.

O rodízio de veículos e as restrições à circulação de caminhões estão suspensos.”

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