‘Precisamos parar de comparar as crianças’, sugere especialista
Meninos que não querem jogar futebol; meninas que não querem dançar ballet; crianças que não se interessam por outras crianças e preferem ficar sozinhas; pressão por desempenho em meninos e meninas superdotados. A professora Zenita Guenther, em uma entrevista inspiradora concedida à revista Época, aponta todos esses elementos como responsáveis por “marcar” as crianças como diferentes e possivelmente acarretar traumas e dificuldades de autoaceitação. Na entrevista, ela defende o acompanhamento cuidadoso e ininterrupto da família na vida dos pequenos e na construção do modo como elas se perceberão por toda a vida.
Zenita é umas das grandes referências brasileiras em superdotação. Em suas entrevistas, ela defende o papel da família de proporcionar segurança e acolhimento às crianças, já que a carência desses elementos, sobretudo em crianças mais inteligentes do que média, pode ocasionar ansiedade e traumas psicológicos.
Aposentada pela Universidade Federal de Minas Gerais, a professora fundou o Centro para o Desenvolvimento do Potencial e do Talento em Lavras, Minas Gerais, um dos primeiros institutos a trabalhar com superdotação com foco em três vertentes: o atendimento a crianças, a famílias e a formação de professores.
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Para ela, a comparação e o senso de competitividade são os grandes vilões do pleno desenvolvimento da infância. Zenita costuma dizer que se os pais pararem de comparar seus filhos com as outras crianças e começarem a respeitar o que elas verdadeiramente são, metade daquilo que as famílias percebem como “problemas” acaba. “Qualquer comparação é negativa para a criança”, ela diz.
Psicóloga de formação, Zenita é mestre em Orientação e Aconselhamento Psicológico pela Universidade South Florida e Ph.D. em Psicologia da Educação, pela Universidade da Flórida.
Para inspirar pais, educadores e professores que querem se instrumentalizar para lidar com o assunto, a entrevista está disponível online na íntegra. Assista e inspire-se:
https://www.youtube.com/watch?v=v4fFuYp3rAU
*Com informações do Mapa da Infância Brasileira
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