Professor é chamado de macaco e esfaqueado no Dia da Consciência Negra

"Fui chamado de macaco. Reagi, fui esfaqueado!", escreveu o docente do curso de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Juarez Xavier

O professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Juarez Xavier, foi chamado de macaco e esfaqueado com um canivete, nesta quarta-feira, 20, Dia da Consciência Negra, em Bauru, no interior de São Paulo.

Professor é chamado de macaco e esfaqueado no Dia da Consciência Negra
Créditos: Reprodução/Facebook
Professor é chamado de macaco e esfaqueado no Dia da Consciência Negra

O caso de racismo foi relatado nas redes sociais pela vítima. “Fui chamado de macaco. Reagi, fui esfaqueado!”, escreveu Xavier.

Fui chamado de macaco. Reagi, fui esfaqueado! Mas antes, ele sentiu a fúria negra! Laroye!

Posted by Juarez Xavier on Wednesday, November 20, 2019

Segundo a Polícia Militar, o professor caminhava em uma avenida da cidade quando um homem passou e o xingou de macaco. Xavier questionou o agressor e então foi jogado no chão e agredido com o canivete.

Ele teve duas perfurações, uma no ombro e outra no tórax, informou a polícia que também contou que foram pessoas que passavam na rua que seguraram o agressor até a chegada das autoridades que o prenderam.

Xavier foi levado para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e após tratar os ferimentos foi liberado.

Racismo: saiba como denunciar e o que fazer em caso de preconceito

Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.

Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.

A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para informações, clique aqui.