Professor improvisa aula em caminhão e leva educação a comunidades remotas

Com as salas de aula fechadas, professor mexicano percorre vilarejos para democratizar acesso à educação

29/03/2021 12:34

Em meios aos desafios provocados pela pandemia do novo coronavírus, levar aprendizado a estudantes em condições remotas, e em situação de vulnerabilidade social, tornou-se uma verdadeira odisseia educativa não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

A exemplo do professor mexicano Salvador Olvera Marín, que transformou seu caminhão em uma sala de aula móvel.

O professor que vive em La Sierra de Querétaro, zona rural próxima à Cidade do México, passou a percorrer a região desde o segundo semestre do ano passado.

As aulas presenciais estão suspensas no país desde que os números de casos aumentou vertiginosamente. Recentemente, o México se tornou o terceiro país com o maior número de vítimas da covid-19, ultrapassando 300 mil óbitos.

Aulas improvisadas se tornaram solução para jovens sem acesso à internet – Crédito: Twitter @vickolvera
Aulas improvisadas se tornaram solução para jovens sem acesso à internet – Crédito: Twitter @vickolvera

A história ganhou repercussão nas redes sociais quando o professor foi fotografado em sua sala de aula improvisada. Na carroceria do caminhão, Salvador instalou uma lousa e, respeitando as orientações de distanciamento, passou a ensinar estudantes de diferentes vilarejos que não tem acesso à internet.

Trabalho feito por Salvador recebeu homenagem das autoridades mexicanas – Créditos: Twitter @vickolvera
Trabalho feito por Salvador recebeu homenagem das autoridades mexicanas – Créditos: Twitter @vickolvera

Tão logo o trabalho de Salvador também ganhou reconhecimento das autoridades mexicanas. Foi homenageado pela Comissão de Educação e Cultura do Congresso do México, que destacou o trabalho do professor como um exemplo de dedicação em tempos de pandemia.

Em entrevista à imprensa local, o professor ressaltou a importância de ações que estão ajudando a democratizar o acesso à educação. “Não é o mesmo desempenho de quando você está presencial na escola, mas para mim é muito satisfatório que as crianças estejam progredindo. Seria pior se não fizéssemos nada”, afirma.