Professor preso em SP é encontrado com mais de 300 vídeos de alunas

Ivan Secco Falsztyn trabalha na St. Nicholas School e usava caixas de remédio, com furos, para esconder uma câmera digital e filmar as garotas

O professor Ivan Secco Falsztyn, de 54 anos, fez mais de 300 vídeos de estudantes da St. Nicholas School, e foi preso em flagrante por suspeita de produzir e armazenar material pornográfico, após investigação da Polícia Civil. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em audiência de custódia nesta quarta-feira, 19.

A delegada Ivalda Aleixo, divisionária da Delegacia de Capturas, que conduz o caso, disse que o professor admitiu que usava caixas de remédio, com furos, para esconder uma câmera digital e, assim, filmar partes íntimas de alunas durante aulas de História e Teatro. Agora, investigadores querem saber se o conteúdo pornográfico era comercializado – o que Falsztyn teria negado durante o interrogatório.

Professor de SP é preso com mais de 300 vídeos de alunas da escola St. Nicholas
Créditos: reprodução/Instagram
Professor de SP é preso com mais de 300 vídeos de alunas da escola St. Nicholas

“Só dessa escola, ele calcula que tem mais de 300 vídeos”, afirma Ivalda, que estima ao menos 200 horas de material ilícito. Imagens obtidas pela polícia variam de duração: há vídeos de poucos minutos e também gravações de aulas inteiras, com mais de 1h30. As vítimas expostas nos vídeos teriam entre 10 e 17 anos, segundo a delegada.

Nesta quarta, a St. Nicholas School divulgou nota informando que o professor está “definitivamente afastado do quadro docente”. No comunicado, a instituição afirma que “se sente surpreendida pelos acontecimentos uma vez que – assim como as demais – adota procedimentos e práticas criteriosas na contratação dos seus profissionais” e que pretende “rever seus processos internos e aferir suas possíveis falhas”.

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Diariamente, crianças e adolescentes são expostos à violência sexual. Até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.

Isso se dá por inúmeros fatores como, por exemplo, pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas (que às vezes não entendem o que está acontecendo com elas) e pela “vergonha” e falta de informação sobre o assunto de familiares.

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