Quarteto vive poliamor e revela que não sabe quem é pai de qual filho

"Nós não sabemos e não queremos saber", disse Taya, de 27 anos, uma das integrantes do quarteto

Um quarteto que vive poliamor formado por dois homens e duas mulheres e tem dois filhos juntos revelou que não sabem quem é o pai biologico de cada criança. Taya Hartless, 27, Alysia Rogers, 33, Sean, 45, e Tyler, 35, formam o quarteto poliamoroso que vive em Oregon, nos Estados Unidos.

Quarteto vive poliamor e revela que não sabe quem é pai de qual filho
Créditos: Reprodução/Facebook
Quarteto vive poliamor e revela que não sabe quem é pai de qual filho

Tudo começou há 3 anos, quando Taya e Alysia se conheceram pelas redes sociais, tentando apimentar suas vidas sexuais com seus respectivos maridos Sean e Tyler. Conforme os casais foram se conhecendo melhor, todos começaram a nutrir sentimentos uns pelos outros. Com isso, tomaram a decisão de morarem todos juntos no ano seguinte no Oregon.

Cada casal já tinha um filho, quando decidiram que iam morar juntos. Depois do quarteto de poliamor formado, veio a chegada de mais dois filhos, um gestado por Taya e outro por Alysia. Porém nenhuma das duas tem certeza se Tyler ou Sean é o pai biológico das crianças mais novas.

“Não nos importamos. Nós não sabemos e não queremos saber, decidimos que todos seríamos pais de todos eles”, disse Taya ao jornal britânico The Mirror.

“As pessoas perguntam se eu me incomodo em viver assim, mas faz diferença, alguma criança não ser biologicamente minha? Eu fiquei em casa com eles desde que eles tinham alguns meses e não há nada que mudaria meu relacionamento com eles se eu estivesse biologicamente conectada a eles. Acho muito fácil amar um filho de qualquer uma das pessoas que amo, isso é o mesmo para todas as crianças”, acrescentou.

Segundo Taya, os filhos a chamam de “mamãe” e chamam Alysia de “mãe”, Sean de “papai” e Tyler de “pai”. Apesar de ser uma estrutura familiar atípica, a integrante do quarteto de poliamor garantiu que as crianças sentem orgulho de contar aos amigos que têm “duas mães e dois pais”.

“Nenhum de nós tinha vivido uma relação de poliamor antes, mas todos acabamos de nos conhecer e nos apaixonar. Desde que nós passamos a morar juntos, todos nós somos pais de todas as crianças, somos uma grande unidade familiar”, contou.

“As pessoas perguntam se eu me incomodo em viver assim, mas faz diferença alguma criança não ser biologicamente minha?”, questionou. “Eu fiquei em casa com eles desde que eles tinham alguns meses e não há nada que mudaria meu relacionamento com eles se eu estivesse biologicamente conectada a eles. Acho muito fácil amar um filho de qualquer uma das pessoas que amo, isso é o mesmo para todas as crianças.”

10 curiosidades sobre o poliamor para acabar com os preconceitos

Apesar de relações não monogâmicas e poliamor serem modelos cada dia mais conhecidos pelo mundo afora, Taya afirmou que o quarteto passou por dificuldades e que foi preciso um grande comprometimento dos casais.

“Nenhum de nós tinha sido poliamoroso antes, mas todos acabamos de nos conhecer e nos apaixonar. Desde que nós passamos a morar juntos, todos nós somos pais de todas as crianças, somos uma grande unidade familiar”, explicou.

Ela ainda contou que o preconceito existe entre os mais próximos. Segundo ela, parentes e amigos que não aceitam que eles possam viver juntos e na mesma casa, começaram a evitá-los quando tomaram a decisão de dividir o mesmo teto e ter suas próprias regras conjugais.

“Muitas pessoas realmente não entendem o poliamor e acham que é desviante ou errado de alguma forma. É verdade que nem sempre foi fácil, demorei um pouco para admitir que tinha sentimentos por outra pessoa e definitivamente ficamos com ciúmes às vezes. Mas agora é tão natural para todos nós e me sinto muito grata por ter vários parceiros para criar filhos”.

Apesar dos desafios, Taya garante que há vantagens no poliamor. “Por que você não quer mais amor e apoio e mais mãos ao redor? É uma vida confusa, agitada, louca, mas também maravilhosa. Eu não consigo pensar em mais nada que possamos querer”.

Ela ainda acrescenta: “Acho que nunca vamos parar de aprender e sabemos que nosso relacionamento mudará constantemente. Mas vamos fazer funcionar. Somos diferentes de todos os outros casais, mas tudo bem. E deixamos claro para nossos filhos que eles podem ser quem quiserem. Sempre me pego pensando no quanto amo nossa vida. Estou muito animada por estarmos criando nossos filhos juntos e no futuro que estamos construindo”, finalizou.