‘Quem é de direita toma cloroquina, de esquerda, Tubaína’, diz Bolsonaro
Presidente disse, em live, que novo protocolo para uso do medicamento será assinado nesta quarta-feira
‘Quem é de direita toma cloroquina, de esquerda, Tubaína’, afirmou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no dia em que o Brasil registrou 1.179 mortes por causa do novo coronavírus, isso sem falar na subnotificação. A declaração foi dada pelo chefe do executivo em live com o jornalista Magno Martins, nesta terça-feira, 19.
Ainda durante a entrevista, Bolsonaro afirmou que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, assinará nesta quarta-feira, 20. o novo protocolo para permitir que a cloroquina seja usada em pacientes em estágio inicial de contágio do coronavírus.
Atualmente, o protocolo adotado pelo Ministério da Saúde diz que a cloroquina deve ser utilizada apenas por pacientes em estado grave e crítico, se o médico avaliar necessário e com o consentimento do paciente. Isso porque, até hoje, nenhum estudo no mundo comprovou a eficácia da substância para cura da covid-19.
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
“O que é a democracia? Você não quer? Você não faz. Você não é obrigado a tomar cloroquina”, disse. “Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína”, ironizou, referindo-se a marca popular de refrigerante.
A divergência em torno do uso da cloroquina é apontada como o principal motivo da saída do oncologista Nelson Teich do comando da Saúde, na semana passada.
Na live, Bolsonaro também voltou a criticar os governos estaduais por não seguirem o decreto assinado por ele incluindo salões de beleza, academias e barbearias como serviços essenciais.
“Agora, quando fala que não vai cumprir, está agindo como ditador”, disse. “Eu nunca provoquei governador. Tem um do Sudeste que está o tempo todo provocando e falando abobrinha. É o tranca-rua. O estado dele está com problemas”, acrescentou, referindo-se ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).