‘Quero trazê-lo pra perto de mim’, diz goleiro Bruno sobre filho

O ex-goleiro Bruno Fernandes, que deixou a prisão na sexta-feira, dia 24, afirmou à Record TV, em sua primeira entrevista com a imprensa após ganhar liberdade, que pretende se aproximar de Bruninho, filho que teve com Eliza Samudio, cuja paternidade foi atribuída ao ex-jogador pela Justiça do Rio em 2012.

“Eu pretendo sim, no momento oportuno, poder trazê-lo pra perto de mim. Quem mais sofreu com essa história toda foi ele”, disse à emissora.

Na quinta-feira, dia 2, o advogado do ex-atleta declarou, no entanto, que Bruno pretende fazer um exame de DNA antes de uma possível aproximação com a criança.

Bruno foi solto na sexta, dia 24, da Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) em Santa Luzia (MG)

“Primeiro, vou tratar de algumas questões jurídicas. Tem que rever a questão da pensão alimentícia, tem que rever a questão do reconhecimento de paternidade. Na realidade, até hoje nunca foi feito um exame de DNA. Tem questões jurídicas que eu pretendo levar com mais seriedade e calma”, afirmou o advogado Lúcio Adolfo.

Adolfo também declarou que Bruno tem propostas de ao menos 9 clubes de futebol para voltar a ser goleiro.

Em 2012, o advogado Rui Pimenta publicou sentença de reconhecimento de paternidade de Bruninho. Segundo a decisão, o nome do ex-jogador deveria constar na certidão de nascimento da criança a partir de então.

Entenda o caso

Bruno foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com emprego de asfixia e com recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver contra a ex-namorada Eliza, além de sequestro e cárcere privado do filho que tiveram juntos. Ela desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça. Seu corpo nunca foi encontrado.

A liberdade do ex-goleiro foi concedida por decisão do ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, o ministro destacou que Bruno encontrava-se preso há 6 anos e 7 meses sem que tivesse sido condenado em segunda instância, motivo pelo qual deveria ser solto para que recorresse em liberdade.

“Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória”, escreveu o ministro do STF.