Racismo: Mulher diz que líder do MBL a agrediu e chamou de ‘crioula’

“Não coloca a mão em mim sua crioula", gritou Thiago Loureiro Dayrell Costa

Uma mulher, cozinheira do restaurante Takos Mexican Bar, denunciou que o líder do Movimento Brasil Livre (MBL), em Belo Horizonte, Thiago Loureiro Dayrell Costa, a agrediu com chutes e a chamou de ‘crioula’, na noite de sábado, 9, em Belo Horizonte (MG). As informações são do ‘G1’.

Racismo: Mulher diz que líder do MBL a agrediu e chamou de ‘crioula’
Créditos: Reprodução Redes Sociais
Racismo: Mulher diz que líder do MBL a agrediu e chamou de ‘crioula’

De acordo com o boletim de ocorrência (B.O.) da Polícia Militar (PM), o líder do MBL estava na área externa do bar, tomando uma cerveja na companhia de sua namorada, quando se irritou com o tempo que seu pedido levava para chegar e entrou no estabelecimento reclamando aos gritos.

Ainda segundo com o Boletim de Ocorrência, ele jogou seu cartão do banco no rosto da atendente do caixa e teria afirmado: “Cobra essa p**** logo”. Foi aí que Eliana entrou na confusão, pedindo para que o líder do MBL se acalmasse. “Não coloca a mão em mim sua crioula”, gritou ele, segundo Eliana.

O gerente do restaurante Takos, Eliezer Alves Rodrigues dos Santos, pediu para que o cliente se retirasse do local. “Põe a mão em mim, então”, disse Thiago que, ao sair da loja, teria chamado Eliezer para brigar.

Segundo o BO, a cozinheira Eliana, mais uma vez, tentou apartar a confusão e foi aí que o líder do MBL a agarrou e deu um chute em sua perna direita.

A polícia foi acionada e todos foram para a delegacia foi chamada e os envolvidos levados para prestar depoimento na Polícia Civil.

Segundo o ‘G1’, Eliana disse que vai levar o processo por racismo e agressão física adiante. “Que sirva de exemplo. A gente não pode ser conivente e abaixar a cabeça”, desabafou a cozinheira.

“Nunca fui maltratado e desrespeitado pela cor da nossa pele. Nós somos sete funcionários negros e a empresa vê é a qualidade do nosso trabalho. A empresa não olha a cor da nossa pele. Racismo é uma coisa que dói na alma”, disse Eliezer.

Ao ‘G1’, Thiago negou a versão dos fatos relatadas por Eliana. Para mais informações, clique aqui.

Racismo: saiba como denunciar e o que fazer em caso de preconceito

Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.

A denúncia contra crime de racismo pode ser feita em delegacias comuns e naquelas especializadas em crimes raciais e delitos de intolerância. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) cumprem essa função.

Para denunciar casos de racismo em páginas da internet ou em redes sociais, o usuário deve acessar o portal da Safernet e escolher o motivo da denúncia.

Pelo Disque 100, que é o serviço do Governo Federal para receber denúncias de violações de direitos humanos. Ele recebe denúncias de violações contra a juventude negra, mulher ou população negra em geral; O serviço também aceita denúncias online de discriminação ocorrida em material escrito, imagens ou qualquer outro tipo de representação de idéias ou teorias racistas disseminadas pela internet. Para maiores informações, clique aqui.