Regina Duarte já admite demissão após nomeação de presidente da Funarte
Para a atriz, a volta do maestro Dante Henrique Mantovani à presidência da Funarte é um sinal de que ela será demitida
A secretária especial de Cultura, Regina Duarte, foi surpreendida nesta terça-feira, 5, com a renomeação do maestro Dante Henrique Mantovani para a presidência da Funarte (Fundação Nacional de Artes).
Para a atriz, a volta de Mantovani ao cargo é um sinal de que ela será demitida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em conversa com sua assessora de imprensa nesta manhã, Regina relatou a surpresa com a nova nomeação de Mantovani e disse achar que o presidente quer demiti-la. O áudio foi gravado pela revista Crusoé.
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“Que loucura isso, que loucura. Eu acho que ele está me dispensando”, disse.
Regina Duarte está em Brasília e há a expectativa que ela tenha uma reunião com o presidente ainda hoje.
Entenda o caso
A nomeação de Dante Mantovani foi publicada no Diário Oficial da União hoje com a assinatura do ministro chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto.
Conhecido após associar o rock a droga, sexo, aborto e satanismo, Dante Mantovani havia sido demitido pela atriz Regina Duarte logo após assumir a Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, em março.
A presidência da Funarte estava sendo exercida desde então pelo servidor Marcos Teixeira Campos, indicado pela atriz.
A volta de Dante Mantovani à Funarte ocorre em um momento no qual Regina Duarte é alvo da ala ideológica do governo, com o aval do próprio presidente. Na semana passada, Bolsonaro chegou a criticar a secretária por ela não se encontrar em Brasília.
De acordo com a coluna Radar, da Veja, para evitar atritos com o Bolsonaro, a atriz vem evitando soltar notas públicas de pesar pela morte de artistas importantes, como do compositor Aldir Blanc e do ator Flávio Migliaccio, que morreram ontem no Rio de Janeiro.