Secretário da Cultura faz postagem como se fosse Bolsonaro e causa confusão
Tuíte de Mário Frias aconteceu 8 minutos antes do que foi postado pelo presidente
Neste domingo, 6, o secretário da Cultura Mário Frias fez uma publicação relembrando os dois anos da facada que Jair Bolsonaro (sem partido), então candidato à presidência, recebeu na região do abdômen, em Juiz de Fora (MG). O problema é que Frias escreveu como se ele fosse o próprio presidente e antes do tuíte do verdadeiro Bolsonaro. O erro foi percebido por muitos internautas.
Logo depois, a postagem foi apagada. Os prints, porém, continuam a circular pelas redes sociais. Veja e compare:
Além da falha do texto do secretário, a hashtag criada por ele em seu próprio apoio, “SomosTodosMarioFrias”, que chegou aos trending topics do Twitter, foi alavancada por “perfis inautênticos” (robôs), segundo a ferramenta Bot Sentinel da rede social.
- Renan Bolsonaro diz que Gabriel do BBB 23 parou de segui-lo: ‘se vendeu’
- Bolsonaristas se sentem abandonados por Bolsonaro: ‘vai se acovardar?’
- Mãe de Paulo Gustavo dá lição em bolsonaristas que se dizem ‘de luto’
- A merda que vai continuar na Cultura se Bolsonaro for reeleito
No sábado, 5, Frias se envolveu em outra polêmica, depois de ficar irritado com uma paródia feita pelo humorista Marcelo Adnet para o programa on-line “Sinta-se Em Casa”. A esquete fazia piada sobre um vídeo oficial da Secom, estrelada por Mario Frias, intitulado “Um Povo Heroico”.
“Garoto frouxo e sem futuro. Agindo como se fosse um ser do bem, quando na verdade não passa de uma criatura imunda, cujo o adjetivo que devidamente o qualifica não é outro senão o de crápula”, escreveu o secretário.
Facada
Bolsonaristas usaram o espaço para questionar quem foi o mandante da facada, mesmo depois da conclusão do inquérito realizado pela Polícia Federal.
A Justiça Federal considerou inimputável Adélio Bispo de Oliveira e o caso foi encerrado. O Ministério Público também não recorreu, com isso a sentença transitou em julgado, ou seja, estão esgotados os prazos para recursos.
A 3ª Vara Federal, em Juiz de Fora divulgou que não cabe mais qualquer recurso da decisão que considerou Adélio Bispo de Oliveira inimputável e impôs medida de segurança de internação por prazo indeterminado.
A sentença indicando que Adélio tem Transtorno Delirante Persistente e não pode ser punido criminalmente foi dada no dia 14 de junho de 2019. No dia 17, o Ministério Público Federal (MPF) foi intimado, mas não apresentou recurso.
Então, foi a vez do presidente, no dia 28 de junho. Mas Bolsonaro também não recorreu no prazo. E por último, a defesa do réu, intimada da sentença, renunciou ao prazo dado.