Silas Malafaia seria um bom ministro da Educação de Bolsonaro?

Olavo de Carvalho explica por que não aceitou o convite para ser ministro da Educação e Cultura.

É apenas especulação que ronda as conversas de aliados de Jair Bolsonaro: o pastor Silas Mafalaia seria um bom ministro da Educação de Jair Bolsonaro?

Esclarecimento: não houve nem convite nem sondagem.

Ele se identifica 100% com o projeto de Bolsonaro que seria “varrer” da educação qualquer coisa que cheire a “doutrinação esquerdista” ou discussões sobre gênero.

Mas, por trás dessa especulação, há um fato: Bolsonaro terá de colocar no Ministério da Educação alguém que agrade os evangélicos. Ou, no mínimo, não desagrade.

O filósofo Olavo de Carvalho afirma ter sido convidado. Mas não aceitou: prefere ser embaixador nos Estados Unidos.

Ele explica em vídeo por que não aceitaria ser ministro da Educação: não se sente competente para o cargo.

Parte da vitória do deputado se deve aos evangélicos.

As críticas de Bolsonaro a questões de diversidade do Enem já deram o tom do que vai vir no ministério.

Um dos assessores de Bolsonaro em educação – o general Aléssio Ribeiro Souto – defendeu o ensino do “criacionismo” no mesmo patamar da teoria evolucionista. Aléssio também está nas especulações para ser ministro. Ele está ideologicamente alinhado com o presidente eleito, inclusive na revisão do material escolar sobre as questões do regime militar.

Não será fácil encontrar um educador técnico ateu capaz de empunhar ataques como o “Kit Gay”, defender filmar o professor em sala ou empunhar a bandeira da “Escola Sem Partido”.

Um nome que circula nas conversas é de Viviane Senna, que visitou o deputado durante a campanha.  Seria uma jeito de colocar uma educadora e, ao mesmo tempo, mulher.  Mas dificilmente ela aceitaria ser ministra, ainda mais com uma pauta capaz de satisfazer os evangélicos. Apenas a visita ao deputado já lhe causou problemas em sua fundação: muitos funcionários ameaçaram se demitir.

Terá de ser um político ou um amigo alinhado com Bolsonaro.

Daí que, nessas circunstâncias, o nome de Malafaia é ventilado. Daí a um convite tem um longo caminho.

O que parece certo é que o próximo ministro da Educação vai ter que ganhar a benção dos evangélicos.