Sírios pedem permissão para matar filhas e evitar estupro
Moradores de Aleppo, na Síria, estão pedindo permissão a religiosos para que pais possam matar as filhas, mulheres e irmãs antes que elas sejam estupradas pela força do regime de Bashar al-Assad, segundo relatos que circulam no país. As informações são do jornal O Globo.
O líder religioso Muhammad Al-Yaqoubi, que fugiu do país, tuitou na última terça-feira, dia 13, que estava recebendo consultas de Aleppo, principalmente relacionadas à guerra: “Pode um homem matar sua mulher ou irmã antes que ela seja estuprada pelas forças de Assad na frente dele?”.
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Uma trégua deveria ter permitido a saída de moradores da cidade de Aleppo, no entanto, com a retomada dos bombardeios nesta quarta, 14, a retirada foi suspensa.
As histórias sobre estupro ganharam força no país após a reprodução nas redes sociais de uma carta escrita por uma enfermeira explicando por que havia escolhido o suicídio diante da possibilidade de “cair nas mãos de animais do Exército sírio”.
“Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve será violada. Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós e os animais que estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Eu não quero nada de você. Nem mesmo suas orações. Ainda sou capaz de falar e acho que a minhas orações são mais verdadeiras do que as suas. Tudo o que peço é que não assuma o lugar de Deus e me julgue quando eu me matar. Eu vou me matar e não me importo se você me condenar ao inferno! Estou cometendo suicídio porque não quero que meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar o nome de Aleppo dias atrás. E quando você ler isso saiba que eu morri pura apesar de toda essa gente”, diz a carta. O nome da mulher não foi divulgado e a veracidade da carta não pôde ser comprovada.