SP: morador de rua espera 4 horas para ser atendido na madrugada

A cena foi registrada pela reportagem da TV Globo

22/05/2018 11:35 / Atualizado em 05/05/2020 10:37

Pessoa em situação de rua dorme na rua São Luís, região central de São Paulo
Pessoa em situação de rua dorme na rua São Luís, região central de São Paulo - Rovena Rosa/Agência Brasil

Tremendo de frio, um morador de rua esperou 4 horas para receber atendimento da assistência social e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na madrugada desta terça-feira, dia 22, na Penha, zona leste de São Paulo. A cena foi flagrada pela TV Globo.

O homem estava com roupas finas, sem casaco e com a temperatura alta. A reportagem ligou no 156, telefone indicado pela Prefeitura de São Paulo, e foi informada que o atendimento de um assistente social demoraria 3 horas.

Dos seis abrigos na zona leste que a reportagem ligou, apenas dois atenderam o telefonema, o de Lageado e de São Mateus, mas estavam lotados. Três horas após a ligação para o 156, às 3h25, a Assistência Social chegou para levar o morador de rua para um centro de acolhimento. No entanto, por causa de seu estado de saúde, decidiu encaminhá-lo ao hospital.

A equipe da Assistência Social chamou o Samu e a ambulância chegou uma hora depois. O homem foi levado para o Hospital Vermelhinho, da Vila Maria, na zona norte. O estado de saúde dele não foi divulgado.

Voluntária entrega cobertor a morador de rua no centro de São Paulo
Voluntária entrega cobertor a morador de rua no centro de São Paulo

Nesta segunda-feira, dia 21, quando foi registrada a madrugada mais fria do ano na capital paulista, dois moradores de rua morreram. O IML informou que Marciano da Silva Correa, de 34 anos, morreu de pneumonia. Em relação ao outro caso, ainda não há informações sobre a causa da morte.

Em nota, a prefeitura informou que orienta a chamar primeiramente o “Samu sempre que uma pessoa seja encontrada passando mal”. “A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social vai avaliar o atendimento do caso citado pela reportagem e ressalta que o tempo de espera pode ter sido ocasionado pelo aumento no número de chamados recebidos pela Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS)”, diz o texto.

Assista ao vídeo.

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