Suplicy aparece de sunga em ato contra violência policial no Rio

O protesto "Parem de nos matar" foi organizado em repúdio às ações truculentas que a Polícia Militar tem realizado com essa população

A cena chamou atenção nas redes sociais
Créditos: Reprodução / Twitter
A cena chamou atenção nas redes sociais

Mais uma vez, o vereador paulista Eduardo Suplicy (PT) chamou atenção nas redes sociais. O político apareceu de sunga vermelha em uma manifestação contra a violência policial em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. O ato ocorreu no mesmo dia e horário do protesto dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, a dois quilômetros de distância, em Copacabana.

O vereador estava a caminho da praia quando soube que um outro grupo de manifestantes faria o protesto “Parem de nos matar”, contra as ações truculentas que a Polícia Militar tem realizado com essa população. Por isso, Suplicy foi ao ato do jeito que estava: usando trajes de banho.

O protesto

O governador Wilson Witzel (PSC) foi o principal alvo de críticas no protesto, principalmente por ter defendido o assassinato de pessoas com fuzis. A manifestação contou com cerca de 80 movimentos sociais, que exigiam “o fim das políticas públicas de ocupações e intervenções policiais e militares nas áreas residenciais que continuam nos matando e aos nossos familiares e amigos”.

No evento do Facebook, os organizadores declararam que a data não tem relação com as manifestações pró-Bolsonaro. Segundo eles, o dia marca um mês do falecimento do gari William Mendonça dos Santos, morto pela polícia com dois tiros na favela do Vidigal, e pelo assassinato, com 80 tiros de fuzil, do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador de papel Luciano Macedo. O texto também cita o falecimento do estudante Lucas Brás, de 17 anos, com um tiro nas costas.

“Todos assassinados pelo estado do seu País. Dezenas de tiros saídos das armas daqueles cujo juramento e dever é proteger e servir os cidadãos brasileiros. Polícia e exército existem para garantir a segurança e a integridade física dos cidadãos, nunca para os matar”, diz o post.

O ato teve a presença dos familiares de vítimas da violência no Rio, como Marinete Silva, mãe da vereadora Marielle Franco (PSOL).