Suspeito de participar de ataque a Porta dos Fundos é filiado ao PSL
Eduardo Fauzi Richard Cerquise não foi encontrado e é considerado foragido
A Polícia do Rio identificou ao menos um dos suspeitos de atacar a sede da produtora do Porta dos Fundos e, na manhã desta terça-feira, 31, fez uma operação para encontrá-lo. Eduardo Fauzi Richard Cerquise, filiado ao PSL, não foi encontrado e é considerado foragido.
As buscas ocorreram em bairros da zona oeste, da zona norte e no centro do Rio. Na casa de Eduardo, na Barra da Tijuca, agentes encontraram R$ 119 mil, computadores, uma arma falsa, munição, e uma camisa de entidade filosófico-política.
Segundo o “Estadão“, o delegado Marco Aurélio de Paula Ribeiro, responsável pelo caso, afirmou que os veículos usados no ataque foram monitorados por meio de mais de 50 câmeras de segurança do entorno da região do atentado e que o suspeito identificado sai de um dos carros durante a fuga e pega um táxi.
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O mandado de prisão temporária expedido contra Eduardo tem a duração de 30 dias. Segundo o delegado, o investigado é empresário de classe média alta, com perfil violento e tem livros ligados à religião cristã e ao islamismo.
O suspeito já foi preso por agressão em 2013, quando deu um soco no então secretário de Ordem Pública do Rio, Alex Costa, depois de uma operação de fechamento de estacionamento irregular. Contra ele há também 20 queixas por ameaça e agressão.
De acordo com o BuzzFeed News, desde 2001 ele é filiado ao PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro. Ele também é presidente da FIB (Frente Integralista Brasileira) na cidade do Rio de Janeiro. A organização, de extrema-direita, havia emitido nota negando participação no ataque. Nesta terça-feira, após o mandado de prisão de Eduardo ser divulgado, a organização afirmou que expulsaria o membro suspeito.
O ataque, no dia 24 de dezembro, foi reivindicado por um grupo que se diz formado por “integralistas” e que o atentado contra o Porta dos Fundos ocorreu devido ao especial de Natal “A Primeira Tentação de Cristo”, em que Jesus é retratado como gay e que foi repudiado por religiosos.
O delegado não confirmou se Eduardo faz parte do grupo e afirmou que nenhuma linha de investigação está descartada. Segundo ele, outros quatro envolvidos no crime foram identificados e poderão ser indiciados por associação criminosa ou organização criminosa, a depender das investigações.