Temer deve aprovar até quarta-feira aumento dos juízes do STF

26/11/2018 07:57

Jair Bolsonaro e Guilherme Boulos
Jair Bolsonaro e Guilherme Boulos

O protesto contra o aumento salarial dos ministros do STF para quase R$ 40 mil conseguiu virar uma unanimidade nacional, unindo de Jair Bolsonaro a Guilherme Boulos, do PSOL.

Produziu o maior abaixo-assinado, adotado pela Catraca Livre, da história do Brasil, com mais de 2,7 milhões de assinaturas. Para aderir à campanha, basta clicar aqui.

Lembremos: até então a maior mobilização foi a lei da Ficha Limpa, que ganhou 1,6 milhão de assinaturas – e obrigou Congresso a aprovar medidas contra políticos condenados.

Mas a pressão dos juízes foi mais forte.

Segundo o jornal “O Globo” o presidente Michel Temer já decidiu sancionar até quarta-feira o reajuste salarial para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em troca, segundo o jornal, o STF Co deve restringir o auxílio-moradia, compensando o impacto nos cofres públicos.
“Essa decisão deve ser tomada nos próximos dias e deverá entrar em vigor junto com o reajuste”, informa o Globo.

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Catraca Livre convida seus 20 milhões de leitores a ampliar o desafio contra o aumento dos juízes aprovado no Congresso.

O primeiro desafio foi atingido: 1 milhão de assinatura de 24 horas. O segundo também: 2 milhões em 48 horas.
Agora queremos 3 milhões de assinaturas para pressionar o presidente Michel Temer vetar o aumento, que custará até R$ 6 bilhões aos cofres públicos.

Para aderir à campanha, basta clicar aqui.

De acordo com o texto da campanha virtual, acompanhada pela hashtag #AumentoNão, que figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter, “primeiro os parlamentares aumentam o salário dos ministros do STF para ampliar o teto constitucional, assim conseguem aumentar os próprios salários e em outras áreas públicas. Isso causa um efeito cascata e retroativo que o Brasil não suporta mais”.

O aumento de R$ 6 mil reais nos salários dos ministros e da Procuradora Geral da República, que passará a ser de R$ 39 mil mensal, causa um impacto que varia entre R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões por ano nas contas nacionais e diz que “os brasileiros não toleram mais pagar a conta”.

O aumento foi aprovado na tarde desta quarta-feira, 7, pela maioria dos votos do Senado e agora precisa ser sancionado pelo presidente da República em exercício, Michel Temer. Jair Bolsonaro, futuro chefe do Executivo, já se posicionou contrário à proposta.

Entenda

O Senado aprovou nesta projetos de lei que concedem aumento aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República. O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.

A proposta relativa aos membros do STF teve 41 votos favoráveis, 16 contra, e uma abstenção, após os senadores aprovarem, na tarde de ontem (6), a inclusão do texto na Ordem do Dia de hoje. Já o projeto do salário do procurador-geral da República foi aprovado de forma simbólica pelo plenário.