Voluntários ensinam a usar a corrida como meio de transporte
Projeto Corrida Amiga dá orientações para quem quer passar menos tempo no trânsito e ganhar mais qualidade de vida
Silvia Cruz demorava 1 hora e 20 minutos para voltar do trabalho de ônibus. De carro, era impossível fazer uma previsão. Depois que adotou a corrida como meio de transporte, passou a chegar em casa em 40 minutos.
“Quando passo correndo e vejo todo mundo parado eu me sinto livre, mas também fico com pena de quem está preso trânsito e tenho vontade de mostrar que pode ser diferente”, diz a gestora ambiental de 29 anos.
Pensando nisso, no início deste ano ela criou o projeto Corrida Amiga, que incentiva outras pessoas a unir mobilidade e qualidade de vida.
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Um grupo de corredores voluntários dá orientações e dicas para quem quer se locomover por meio do esporte. O modelo é inspirado no Bike Anjo, que faz um trabalho semelhante com ciclistas.
O funcionamento é simples: basta se cadastrar no site e o Corrida Amiga indica o corredor mais próximo para fazer o trajeto com você. A ideia é ensinar as melhores rotas, dar truques de segurança e soluções práticas para quem está começando.
Para ir e voltar do trabalho, a questão do banho costuma ser o grande entrave. Silvia indica que quem não tem vestiário na empresa pode buscar uma academia próxima ou levar roupa e tênis esportivos em uma mochila e fazer somente o trajeto de retorno. “A gente também indica um trajeto mais plano, explica como usar a mochila de forma mais confortável e os equipamentos mais adequados.”
E não é preciso ser um maratonista para participar. “Você faz seu ritmo, pode ir intercalando corrida com caminhada até ganhar mais condicionamento”, diz Letícia Leda Sabino, de 25 anos, que voltou do trabalho para casa, em um trajeto de cerca de 5 km, com a ajuda do projeto. Em distâncias maiores, também é possível correr até um ponto e depois usar o transporte público, por exemplo.
“Ao fazer o trajeto pela primeira vez com um corredor amigo, você se sente mais seguro e vê que é muito mais fácil e seguro do que imaginava”, afirma Letícia. O projeto é totalmente Catraca Livre e já está disponível em São Paulo, ABC, Curitiba e Porto alegre. Veja aqui como participar.