Weintraub usa gráfico genérico da Wikipédia para ‘provar’ perseguição a conservadores
O ex-ministro da Educação ilustrou o aumento da perseguição aos conservadores no Brasil com gráfico falso
Abraham Weintraub usou um gráfico para “provar” o aumento da perseguição ideológica aos conservadores no Brasil. A imagem, no entanto, não se refere à ordenação visual de dados empíricos, mas ilustra o verbete da Wikipédia sobre… gráficos.
Na publicação feita no Twitter, ex-ministro da Educação alega que a representação mostra “evolução do número de prisões arbitrárias, violações de lares e processos inconstitucionais contra conservadores”. Veja:
Weintraub deixou o governo de Jair Bolsonaro em junho de 2020 para assumir o cargo de diretor-executivo do Banco Mundial. Na rede social, internautas questionaram o ex-ministro e a entidade.
Achei que era o preço da gasolina, da luz, do desemprego, da miséria, e do número de bobagens ditas por bolsonaristas.
— O zorrilho (@OZorrilho) September 6, 2021
Repare… pic.twitter.com/CDMd9SpHwv
— Elton Morato (@E_EltonMorato) September 7, 2021
How can the @WorldBank have @AbrahamWeint in their midst? A person who sends a tweet claiming an increase in arbitrary prisons in Brazil using a generic Wikipedia picture about "charts"! It's shameful and to a level of idiocy never seen in the world! pic.twitter.com/hbHdvfSwQm
— ʀᴏɴᴀʟᴅᴏ ᴍᴇɴᴇᴢᴇꜱ (@ronaldomenezes) September 8, 2021
Que nada, ele é burro mesmo. Não é a primeira vez que isso acontece – na última que o vi fazendo algo parecido, ele simplesmente disse que “pode ser fake, mas…”
— Витас (@GarotoFutil) September 7, 2021
Weintraub e o Brasil
Abraham Weintraub pediu demissão do MEC (Ministério da Educação) em 18 de junho em meio a uma série de polêmicas. O ex-ministro de Bolsonaro é alvo de dois inquéritos, um que apura suposto racismo contra chineses e outro que investiga ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Dois dias após deixar o MEC, Weintraub viajou para os Estados Unidos “escondido” antes de sua exoneração do cargo ter sido publicada no “Diário Oficial da União”. O que aconteceu pouco tempo depois da divulgação da viagem.
O ex-ministro utilizou o passaporte diplomático e tentou dar um caráter de “exílio” a sua saída do país.
Depois, Weintraub foi indicado para o Banco Mundial pelo presidente Jair Bolsonaro.