William Bonner se manifesta sobre ação da PM em baile funk
Ele afirmou que a morte dos nove jovens "está doendo em todos os cidadãos de bem do Brasil e precisa ser apurado"
O apresentador do Jornal Nacional (JN), William Bonner, se manifestou, na noite desta segunda-feira, 2, sobre ação da Polícia Militar (PM) em baile funk, na comunidade Paraisópolis, na zona sul de São Paulo (SP), na madrugada de domingo, 1º, que vitimou nove jovens que frequentavam a festa de rua conhecida como ‘DZ7’.
Bonner afirmou que a morte dos nove jovens durante um baile funk em uma das maiores favelas da cidade “está doendo em todos os cidadãos de bem do Brasil e precisa ser apurado”.
As declarações de Willian Bonner foram logo após o JN exibir uma reportagem que mostrava a identidade dos jovens mortos e contava sobre as investigações da ação da polícia.
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Entenda o caso:
Uma ação policial resultou na morte de nove pessoas durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, na madrugada deste domingo, 1. Vítimas tinham entre 14 e 23 anos, e testemunhas alegaram terem sido encurraladas pela PM.
Informações iniciais revelam que equipes da Rota Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) foram chamadas ao local por conta do barulho na região, por volta das 4h da manhã.
Durante a ocorrência, os policiais deram início a perseguição a uma motocicleta e entraram onde ocorria a festa que reunia, aproximadamente, cinco mil pessoas.
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Policiais usaram tiros de efeito moral, motivando correria entre os presentes. Dez pessoas foram pisoteadas durante a operação policial e levadas em estado grave ao Pronto Socorro do Campo Limpo. Nove morreram e outras sete ficaram feridas.
Os moradores de Paraisópolis, zona sul da capital paulista, saíram às ruas para protestar, nesta segunda-feira, 2. Durante a manifestação, eles cantaram: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci”, durante o ato. Em algum momento do trajeto, encontraram policiais e os chamaram de “assassinos”. O baile funk em questão é conhecido pela sigla “DZ7” e reúne de três a cinco mil pessoas de várias regiões.
Em entrevista ao G1, a mãe de uma jovem de 17 anos, ferida durante a ação, disse que a polícia preparou uma emboscada para os frequentadores do evento_que, por volta das 3h, reunia cerca de 5 mil pessoas. “É uma rua com duas ou três saídas. Os policiais fecharam e coagiram. Atiraram com arma de fogo – não só com bala de borracha. Bateram com cassetete, fora spray de pimenta”.
Segundo ela, um policial agrediu sua filha com uma garrafada. A adolescente também apresenta marcas de cassetete nas costas. “Os policiais fecharam a rua. Teve corre-corre, pisoteamento de adolescente. Gás de pimenta, bala de borracha, e ainda estavam agredindo pessoas. Foi um policial que tacou garrafa de vidro na minha filha.”