A arte que humaniza a violência
Grafiteiro parisiense se tornou conhecido por retratar anônimos em áreas de conflito
Um pôster de um empresário local que mora na Síria é colocado nas escadas da Bergen Street, conjunto de residenciais localizado no Park Slope, no Brooklyn.
Conhecido por seu trabalho em larga ecala em muros, o grafiteiro JR de 27 anos luta para derrubar estigmas sociais.
O projeto Inside Out vive de um idealismo colaborativo que transforma anônimos em “sujeitos de arte”. Os retratos digitalizados são transformados em pôsteres e enviados de volta ao criador das imagens para que sejam exibidos em suas cidades.
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Os pôsteres são colocados em escritórios, em paredes de prédios ou até em vão de escadarias de espaços públicos. As exibições serão documentadas, arquivadas e, no futuro, transformadas em uma mostra virtual.
Uma parte do projeto foi financiado graças ao dinheiro ganho por JR, artista parisiense e idealizador, no valor de 100 mil dólares, na última premiação do TED deste ano.
Como tudo começou
Tomado o cenário de tensão que a França vivia, em especial a cidade de Paris, em 2005, JR decidiu documentar os rostos de quem a mídia culpava pela onda de terror. Esses jovens da periferia pousaram para as lentes do grafiteiro fazendo caretas, e, logo, seus retratos foram colocados nas áreas mais nobres de Paris, com seus nomes, apelidos e idade.
Veja algumas imagens do projeto Inside Out