As eleições presidenciais dos EUA de 2016 não foram apenas um golpe para os democratas ou Hillary Clinton com a vitória de Donald Trump: mas também para a indústria de pesquisas eleitorais. Elas erraram feio.

Vale lembrar uma característica das eleições norte-americanas: não ganha quem tem mais votos, mas mais colégios eleitorais, sendo que cada estado tem uma quantidade deles. Hillary Clinton teve cerca de 50 mil votos a mais que Trump nesta eleição mas perdeu. Por isso, as pesquisas de intenção de voto em cada estado são mais importantes que o geral, e elas erraram feio em muitos deles. A imprensa chegava a dar 85% de chance de vitória para Hillary antes dos votos começarem a ser contados.

Republicano teve engajamento 25% maior que Barack Obama em 2008.

Mas um sistema previu corretamente a vitória do republicano, assim como das últimas três eleições do país, e as primárias dos dois partidos, usando 20 milhões de pontos de dados do Google, YouTube e Twitter. Conforme informou o Business Insider, o MogIA pesquisa analisando as conversas na internet ao invés de perguntar em quem as pessoas vão votar.

“Enquanto a maioria dos algoritmos tem problemas com o viés dos programadores, o MogIA aprende do seu ambiente e desenvolve as suas próprias regras de análise sem descartar nenhum dado,” disse Sanjiv Rai, fundador da startup Genic.ai, que desenvolveu o MogIA.

O sistema analisou um engajamento 25% maior sobre Trump do que Barack Obama em 2008, quando a internet era menor e não mede se são ações de apoio ou de repúdio, mas acertou nas eleições anteriores. Nos últimos 12 anos foi sempre o candidato com mais engajamento que ganhou.

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Parece que na era da internet vale mais do que nunca a máxima: fale mal, mas fale de mim.