Abaixo-assinado pede para hotel cancelar homenagem a Bolsonaro
O senador democrata Brad Hoylman criou um abaixo-assinado pedindo que o hotel Marriott Marquis cancele jantar de gala em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro, organizado pela Câmara de Comercio Brasil-EUA, que ocorre no próximo dia 14 de maio.
O documento lançando na última quarta-feira (1º) e já conta com mais de 44 mil assinaturas.
- Carlos Bolsonaro engravidou ex-secretária de ministério, diz colunista
- Gilberto Gil é hostilizado por bolsonaristas na Copa do Catar
- Bonner dá alfinetada em pedido do PL para anular 250 mil urnas das eleições
- Onde foi parar o bolsonarista levado no para-brisa de caminhão?
O senador americano publicou no Twitter uma mensagem lembrando a frase de Bolsonaro de que “preferia ter um filho morto do que um filho gay”.
“Jair Bolsonaro é um homofóbico notório que uma vez disse que preferia seu filho morrer do que ser um homem gay. O Marriott quer sediar um evento homenageando-o como homem do ano. Isso é inaceitável”, escreveu.
Leia abaixo a íntegra do abaixo-assinado criado pelo senador Brad Hoylman
“Escrevemos como cidadãos preocupados e aliados LGBTQ para pedir à Marriott e Host Hotels and Resorts, proprietária do New York Marriott Marquis, que cancelem o Jantar de Gala “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio de 2019 em homenagem ao notório e homofóbico presidente brasileiro Jair Bolsonaro, programado para 14 de maio de 2019.
O presidente Bolsonaro tem um histórico extremamente perturbador de intolerância, misoginia, racismo e xenofobia. Entre outras coisas, ele disse uma vez que “seria incapaz de amar um filho homossexual” e que preferiria que seu filho morresse a ser gay. Além disso, o presidente Bolsonaro disse uma vez que uma deputada brasileira “não vale a pena ser estuprada” porque “ela é muito feia”.
Dado o sórdido histórico de comentários públicos do presidente Bolsonaro, é chocante que um negócio na cidade de Nova York abrigue um evento em apoio a ele. Estamos profundamente preocupados com a mensagem que tal evento enviaria aos nova-iorquinos, especialmente aos jovens LGBT, muitos dos quais estão lutando com sua identidade e estão observando suas declarações contra eles serem celebradas. Ao sediar este evento, a Marriott está dando ao presidente Bolsonaro uma plataforma que recompensa seu comportamento ultrajante.
Não acreditamos que a Marriott e a Host Hotels possam afirmar serem “cidadãos corporativos responsáveis” ao obrigarem seus funcionários da Marriott Marquis a trabalhar em um evento que homenageie um fanático bem documentado. Essas corporações ainda têm tempo para provar à comunidade LGBTQ e aos aliados nova-iorquinos que o ódio não tem lugar nesta cidade e estado. Solicitamos à Marriott e à Host Hotels que cancelem imediatamente a Gala de Personalidade do Ano de 2019 da Câmara de Comércio Brasileiro-Americana no Marriott Marquis.”